sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Máquinas de camisinhas nas escolas
terça-feira, 19 de agosto de 2008
ABORTO: a quem interessa???
- Maria José Miranda Pereira
Notas
Disponível em <>DÁVILA, Sérgio. MANIR, Mônica. Posições extremadas sobre aborto e maconha surpreendem estudiosos. Folha de S. Paulo. São Paulo, 25 jan. 2004, Folha Especial.
A íntegra do anteprojeto está disponível em <>
Acessível a qualquer internauta em <>
Observatorio Regional para la Mujer de América Latina y el Caribe (ORMALC). Falsas creencias sobre el aborto y su relación con la salud de la mujer. Septiembre 2005. p. 3. Tradução nossa. Disponível em <>Idem.
Êxodo 1,8-10.22.
NSSM 200, Implications of Worldwide Population Growth for US Security and Overseas Interests, páginas 14 e 15, parágrafo 30. Tradução nossa.
NSSM 200, p. 115. Tradução nossa.
NSSM 200, p. 151. Tradução nossa.
NSSM 200, p. 182. Tradução nossa.
Ver <>
SCALA, Jorge. IPPF: a multinacional da morte. Anápolis: Múltipla Gráfica, 2004. p.16.
Ver <>
Fonte oficial: FNUAP - Inventory of Population Projects in Developing Countries Around the World – 1996. Tradução nossa.
Maria José Miranda Pereira
promotora de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília (DF), membro da Associação Nacional Mulheres pela Vida
Publicado no Portal da Família em 23/08/2006
Original em: http://culturadavida.blogspot.com/2008/08/aborto-quem-interessa.html
domingo, 10 de agosto de 2008
A única liberdade que salva é a cristã
sábado, 9 de agosto de 2008
FAMÍLIA: DEZ MANDAMENTOS
- cresçam e sejam felizes, realizados e respeitem a si mesmos e aos outros.
- Estudem e saibam ter auto-estima, sintam-se capazes e úteis aos outros e satisfeitos no trabalho.
- Tenham uma vida sadia no plano físico, psíquico, espiritual. Não tenham vícios.
- Sejam responsáveis, tenham disciplina e conheçam os valores.
- Nas dificuldades não percam a confiança conservando a paz interior e o desejo de vencer os problemas.
- Não alimentem sentimentos de culpa em relação ao passado, medo do futuro, mas vibrem com o presente.
- Sejam positivos e colaborem na vida familiar, pois os pais também aprendem com os filhos.
- Evitem más companhias, tenham coragem de corrigir o que é mau e decidir pelo bem.
- Sejam sensíveis com os outros, saibam partilhar, sejam solidários superando todo egoísmo.
- Não percam o bom humor, saibam desdramatizar os problemas e buscar ajuda, para serem cidadãos construtores da sociedade nova mais humana e justa.
- Dar tudo o que os filhos quiserem.
- Achar graça quando disserem nomes feios.
- Nunca dar orientação religiosa.
- Juntar tudo o que eles deixam jogado e desarrumado.
- Discutir e brigar na presença deles.
- Abarrotá-los de brinquedos, dinheiro, mimos, superproteção.
- Não exigir nada, satisfazer todos os seus desejos.
- Dar-lhes sempre razão, toando sempre seu partido, desculpá-los sempre.
- Estar sempre ausente, não acompanhar, acomodar-se, omitir-se.
- Nunca elogiar, não dar carinho, não ter tempo e vingar-se.
- Nunca dramatizar os defeitos, mas saber elogiar as qualidades.
- Nunca gritar um com o outro, nem fechar-se, mas sempre dialogar.
- Saber ceder, saber perder, saber recomeçar perdoando sempre.
- Dizer a verdade com amor.
- Nunca humilhar o outro, principalmente diante de outras pessoas.
- Não culpar, nem ridicularizar o outro recordando erros do passado.
- Nunca ser indiferente ''gelando'' o outro. A indiferença dói mais que uma bofetada.
- Nunca ir dormir sem perdoar.
- Admitir as próprias limitações e procurar melhorar. É o dom da autocrítica.
- Rezar juntos, rir juntos, passear juntos e lembrar-se que quando um não quer, dois não brigam.
- Respeito mútuo na vivência cotidiana.
- Sinceridade no falar e agir.
- Generosidade nas tarefas da família.
- Alegria e senso de humor que gera visão otimista e positiva de vida.
- Tolerância que é resultado da cordialidade e da compreensão.
- Consciência da dignidade da pessoa gerando relacionamentos de igualdade.
- Flexibilidade para evitar rigorismos e permissividade.
- Fidelidade cumprindo as responsabilidades e deveres.
- Simplicidade e calor humano que leva a desdramatizar os problemas e encontrar soluções para as dificuldades.
- Confiança nas pessoas e nas suas capacidades o que gera esperança e amor em quatro direções: diálogo, perdão, ternura e oração.
DOM ORLANDO BRANDES é arcebispo de Londrina
http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=5240LINKCHMdt=20080809
Sabedoria Médica
Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:
- Muito bem. E o que a senhora quer que eu faça?
- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.
- Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...
- Não doutor! Que horror! Matar um criança é um crime!
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.
sábado, 14 de junho de 2008
Quatro atos positivos e negativos da palavra
- Dom Orlando Brandes
1. A franqueza. É a transparência e a veracidade no falar, pois nossa comunicação não é só de idéias, mas também de sentimentos. A franqueza não significa grosseria, mas sinceridade com caridade. É a catarse, o desabafo, a verbalização do que se passa no íntimo. Fala-se com o coração. As pessoas verazes não sofrem de úlceras gástricas, nem de desconfiança, fechamento, inibição. Elas têm o dom da comunicação verbal e não-verbal. A franqueza facilita o diálogo, porque é transparência, não tem segundas intenções, faz jogo limpo. A lealdade e a fidelidade no falar granjeiam simpatia, confiança e bom relacionamento.
2. O elogio. É um ato de justiça, reconhecimento e gratidão. Confirma o bem, eleva as pessoas, promove a verdade, reconhece os valores. O elogio vale ouro. É uma verbalização do amor e da verdade. É um gesto de carinho, um toque de ternura que só pode fazer bem e multiplicar a virtude. O bem deve ser notado, valorizado e publicado. Pelo elogio as pessoas adquirem motivação, inspiração e incentivo para perseverar no bem, na virtude, na verdade. O elogio é uma bênção porque é dizer o bem, bendição.
3. A escuta. A palavra se origina no pensamento, no deserto, no silêncio, na escuta. É do interior que brotam as palavras. Quem sabe ouvir, escutar, silenciar, está se comunicando e falando através da comunicação não verbal e está valorizando a palavra de quem se comunica. Ouvir é compreender, é acolher, é integrar-se. Escutar é parte integrante do diálogo.
4. A clareza. Falar claro é falar com sinceridade, com o coração, mas também é ter boa dicção para ser compreendido, é falar com simplicidade, concisamente, sinteticamente. Clareza é transparência, como também, é boa dicção, lógica, expressão verbal audível, que possibilita a interação das pessoas. Falar baixo, ligeiro demais, com prolixidade, com palavras rebuscadas impede a espiral da comunicação que é: escutar, compreender, falar, agir. Falar na hora certa, do jeito certo, a palavra certa nem sempre é fácil. O mau uso da palavra gera mal-entendidos, meias-verdades, incompreensões, agressões e guerras. Há palavras que ferem como punhal, queimam como fogo, infernizam a vida.
Quatro são os atos negativos da palavra, ou seja, o mau uso da língua, os entraves na comunicação.
1. A mentira. Consiste em falar o contrário das nossas convicções, geralmente em nosso proveito, prejudicando o próximo e até usando Deus como testemunha. É a perversão do diálogo, intenção de enganar, a distorção dos fatos, falsificação da verdade. A mentira destrói a confiança, acoberta a corrupção, manipula a fidelidade. Mesmo pequena a mentira tem força satânica. É impossível a convivência onde reina a mentira. Manter mentiras custa caro e no final, tudo desaba. O reino da mentira fecunda a duplicidade, a falsidade, a desconfiança. A mentira hoje é onipresente e tudo corrompe.
2. A discórdia. É a maledicência, a fofoca, a cizânia, o mexerico, verdadeiros pecados da língua como diz a Bíblia. Tudo isso fere a dignidade humana, o direito à honra e à privacidade, o direito à fama e ao bom nome, gerando divisões, separações, inimizades. A discórdia tem o nome de detração quando aumentamos os defeitos dos outros, revelamos o oculto, calamos maliciosamente quando deveríamos falar, culpamos inocentes, interpretamos o bem negativamente. Nas épocas de eleições estas coisas acontecem com requintes de crueldade, baixaria, desumanidade, violência.
3. O insulto. Consiste em humilhar as pessoas diretamente e diante de terceiros. O insulto é humilhação e depreciação, rebaixamento e aviltamento. Tem o nome de contumélia quando os defeitos são ditos na bochecha, jogados no rosto de forma agressiva, depreciativa. O insulto tem sabor de vingança, raiva, ódio, desforra, e pessoas são difamadas e humilhadas em público. A boa fama deve ser restituída. Toda pessoa tem este direito.
4. A tagarelice. É a demagogia, o palavrório, a falação, a retórica. Tagarelice é falar sem fundamento, dizer sem viver, sem testemunhar. As prédicas sem práticas, os discursos sem as obras, as falas sem escuta, a lábia enganosa, a linguagem inautêntica, o blábláblá sem sentido, etc., tudo é tagarelice, mau uso da palavra, inflação de sons. O tagarela fala da boca para fora, não cultua o silêncio, a interioridade, a transparência. Entra em contradição, diz o que não vive, quer convencer à força de palavras. ''Este povo me louva com os lábios, mas seu coração está longe de mim'' (Mt 15,8).
DOM ORLANDO BRANDES é arcebispo de Londrina
FONTE: FOLHA DE LONDRINA - 14/06/2008 - 1º caderno - página 02
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Brasil - Estado Laico
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Cristãos em Luto
Negaram-lhes o céu, o sol e as estrelas, o mar, o riso, as lágrimas, o amor, o prazer e condenaram-lhes somente à dor.
E assim, está aberto o caminho para a pesquisa com embriões, justificando-se de que eles não são nada - são coisas; objetos inanimados que servem apenas para experimentos.
A partir de hoje centenas de milhares de pessoas estão impedidas de nascer, sem o direito à sua defesa - simplesmente condenadas ao tubo de ensaio - ; pior, estão condenadas à fornecer suas células - aquelas que formariam seus braços, pernas, pés, cérebros e qualquer órgão - para serem utilizados nas experiências que os cientistas decidirem se debruçar.
A humanidade segue para um triste caminho: o da insensibilidade, o da insensatez.
"Uma mentira repetida um milhão de vezes torna-se uma verdade", já dizia meu finado avô. Ele tinha razão. Ainda tem. Eu atrevo-me a remendá-lo: "uma barbaridade repetida um milhão de vezes torna-se uma banalidade".
Acostuma-se com a morte até banalizá-la; assim, a medida que as pessoas passam a achar comum matar, seja por qual motivo for, está aberto o caminho da insensatez: a morte justificada pela vida; matar para viver... e depois dizem que os obscurantistas somos nós! Tenha a Santa Paciência...
Com esse passo, abre-se o caminho largo em direção ao aborto indiscriminado, para então eliminar aqueles embriões "defeituosos" - portadores de síndromes, doenças complicadas, por vezes incuráveis, por outras vezes de tratamento despendiosos que comprometerá os orçamentos das empresas de seguro saúde; até chegarmos a produção de embriões puros, geneticamente impecáveis, sem doenças, brancos ou negros ou da cor que estiver "na moda", e vai por aí afora. Está aberta a temporada da produção do Homem Perfeito, a Raça Perfeita. Ariana? Branca? Amarela? Vermelha? Negra? Quem viver, verá!
Obscurantistas, esses cristãos. Sim, lá dentro da goela do leão é obscuro...
muito obscuro!
Assim, como a Igreja Católica tem "visualização", foi poderosa politicamente e cometeu erros no passado, é ela que vai para a forca agora.
Mas o orgulho, a insensatez, a vulgaridade que habita nas cabeças e corações de muitos homens impedem-los de enxergar o Mal crescendo e tomando conta do mundo.
Digam o que quiserem, mas destruindo a família, destruirão a humanidade.
NOTA DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL SOBRE A DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou a validade constitucional do artigo 5o e seus parágrafos da Lei de Biossegurança, n. 11.105/2005, que permite aos pesquisadores usarem, em pesquisas científicas e terapêuticas, os embriões criados a partir da fecundação in vitro e que estão congelados há mais de três anos em clínicas de fertilização.
A decisão do STF revelou uma grande divergência sobre a questão em julgamento, o que mostra que há ministros do Supremo que, nesse caso, têm posições éticas semelhantes à da CNBB. Portanto, não se trata de uma questão religiosa, mas de promoção e defesa da vida humana, desde a fecundação, em qualquer circunstância em que esta se encontra.
Reconhecer que o embrião é um ser humano desde o início do seu ciclo vital significa também constatar a sua extrema vulnerabilidade que exige o empenho nos confrontos de quem é fraco, uma atenção que deve ser garantida pela conduta ética dos cientistas e dos médicos, e de uma oportuna legislação nacional e internacional.
Sendo uma vida humana, segundo asseguram a embriologia e a biologia, o embrião humano tem direito à proteção do Estado. A circunstância de estar in vitro ou no útero materno não diminui e nem aumenta esse direito. É lamentável que o STF não tenha confirmado esse direito cristalino, permitindo que vidas humanas em estado embrionário sejam ceifadas.
No mundo inteiro, não há até hoje nenhum protocolo médico que autorize pesquisas científicas com células-tronco obtidas de embriões humanos em pessoas, por causa do alto risco de rejeição e de geração de teratomas.
Ao contrário do que tem sido veiculado e aceito pela opinião pública, as células-tronco embrionárias não são o remédio para a cura de todos os males. A alternativa mais viável para essas pesquisas científicas é a utilização de células-tronco adultas, retiradas do próprio paciente, que já beneficiam mais de 20 mil pessoas com diversos tipos de tratamento de doenças degenerativas.
Reafirmamos que o simples fato de estar na presença de um ser humano exige o pleno respeito à sua integridade e dignidade: todo comportamento que possa constituir uma ameaça ou uma ofensa aos direitos fundamentais da pessoa humana, primeiro de todos o direito à vida, é considerado gravemente imoral.
A CNBB continuará seu trabalho em favor da vida, desde a concepção até o seu declínio natural.
Brasília, 29 de maio de 2008.
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Declaração de Brasília
Brasília, 5 de maio de 2008
Nós, cientistas, parlamentares, juristas e lideranças nacionais de movimentos em defesa da vida humana, desde o seu início, temos a declarar o que segue sobre o que tem sido denominado de “pesquisa com células-tronco embrionárias humanas”.
Com base na referida expressão, se designa uma linha de pesquisa científica que interrompe em caráter definitivo e irreversível o desenvolvimento do ciclo vital de seres humanos nos primeiros dias de sua existência, ou seja, que os destrói e os mata. Entendemos que o ser humano – em todas as fases de sua vida – não pode ser manipulado como um objeto ou coisa, dispondo-se de sua vida, não importando a finalidade alegada. O conhecimento científico, consolidado internacionalmente, apresenta vasta bibliografia da ciência médica, especialmente da embriologia, expressando claramente que a vida de cada indivíduo humano se inicia com a fecundação, quando um espermatozóide (a célula germinativa masculina), penetre no ovócito ou óvulo (a célula germinativa feminina), determinando o patrimônio genético de um novo e irrepetível indivíduo da espécie. A partir desse momento estão definidos o sexo, as tendências físicas e psicológicas de um novo indivíduo ou pessoa humana. A natureza e a dignidade humanas são indissociáveis dos seres humanos, que só podem resultar de células germinativas humanas – constatação óbvia, mas que parece ignorada por muitos. A natureza e a indissociável dignidade humanas ou estarão presentes desde o início, ou seja, desde a fecundação, ou não estarão presentes nunca. É necessário reconhecê-las desde o primeiro instante, e que permanecem até a morte do indivíduo ou pessoa, que, como confirma o ensinamento da ciência médica, tem um desenvolvimento gradual, progressivo, sem saltos nem “metamorfoses”. Tal processo não se interrompe com o nascimento e prossegue até o início da idade adulta. Pretender classificar os seres humanos, desconsiderando sua realidade biológica e humanidade, adotando critérios utilitaristas ou de “investimento acumulado”, parece contrariar não só os dados da natureza, como também os da cultura nacional, incluído o Direito, que desde os primeiros projetos de codificação civil pátrios, no século XIX, reconhece e protege o nascituro e seus direitos “desde a concepção”. O direito à vida é o primeiro e o pressuposto de exercício de todos os demais direitos.
Pretende-se contrapor a vida dos embriões congelados na data da promulgação da Lei de Biossegurança, nº 11.105, de 24 de março de 2005, à terapia e cura de muitos que padecem de doenças graves em nosso País. Não temos receio em afirmar com toda ênfase, que tal dilema é falso; como consta de texto divulgado por 57 cientistas norte-americanos, em 27 de outubro de 2004, bastante atual: “Baseado nas evidências disponíveis, ninguém pode predizer com certeza se as células-tronco embrionárias humanas, em alguma época, produzirão benefícios clínicos, e, muito menos, benefícios que não sejam obtidos por outros meios menos problemáticos do ponto de vista ético”.
Ao contrário do que tem sido veiculado e acriticamente aceito pela opinião pública, as células-tronco embrionárias não são a grande promessa para gerar terapias. Na verdade, são as células-tronco adultas que têm produzido expressivos resultados, que se apresentam ainda mais promissores depois do desenvolvimento da técnica de indução de pluripotencialidade em células adultas. Como o assunto envolve sofisticado conhecimento técnico, as pessoas ficam mais vulneráveis à manipulação da informação. Diante disso, faz-se necessário esclarecer alguns aspectos básicos, que passamos a expor muito sucintamente:
- As células-tronco embrionárias são, em tese, capazes de gerar todos os tipos celulares humanos (chama-se a isso pluripotência). Apenas em tese, pois isso é o que ocorre in vivo, no desenvolvimento normal e natural do organismo. Entretanto, não existem dados experimentais efetivos que garantam que o mesmo possa ser alcançado in vitro, ou seja, em laboratório, após a destruição e morte dos embriões, dos quais são extraídas suas células para fins de pesquisa. Mais ainda: em termos de terapia, após 10 anos de intensas pesquisas em muitos países com alto padrão de desenvolvimento científico e investimentos de centenas de milhões de dólares, não há nenhum protocolo aprovado com células-tronco embrionárias humanas para testes em pacientes, ou seja, as células-tronco embrionárias humanas, por apresentar graves riscos à vida e saúde dos pacientes, sequer podem ser testadas em seres humanos. No modelo animal, essas células têm resultado na formação de teratomas, rejeição, entre outros problemas graves, não havendo, portanto, segurança para que se iniciem experimentações em seres humanos.
- Muito do atual conhecimento sobre o desenvolvimento embrionário, em termos moleculares, advém de estudos feitos com embriões de animais de laboratório.
- Todos os resultados terapêuticos positivos em seres humanos veiculados pela mídia têm sido obtidos com o uso de células-tronco adultas multipotentes, extraídas da medula óssea, do cordão umbilical e de outros tecidos. Já há mais de 20.000 pacientes em tratamento clínico, envolvendo pelo menos 73 doenças diferentes, em geral com bons resultados para a qualidade de vida dos pacientes.
- No segundo semestre de 2007, dois importantes trabalhos científicos, um dos quais de um grupo norte-americano liderado pelo Dr. Thomson (o primeiro a obter uma linhagem de células-tronco embrionárias humanas) e outro, coordenado pelo Dr. Yamanaka, no Japão, mostraram a possibilidade de se obter, a partir de células adultas do próprio paciente, células-tronco humanas pluripotentes sem destruir o embrião. Estes estudos levaram Ian Wilmut, o “criador” da ovelha Dolly, e uma das autoridades líderes no processo de clonagem por transferência nuclear em células somáticas, a anunciar que ele e sua equipe estavam abandonando, por questões técnicas, a pesquisa em clonagem para fixar-se na investigação de reprogramação celular, que em suas palavras, apresenta “muito mais potencial”.
- As chamadas células pluripotentes induzidas (iPCs, sigla do inglês), são obtidas diretamente de células adultas, acrescentando-se um pequeno número de fatores nestas células em laboratório. Estes fatores remodelam as células maduras convertendo-as em células-tronco com características funcionais equivalentes às células obtidas de embrião. Esta técnica pode ser usada, por exemplo, para gerar linhagens específicas de células-tronco para pacientes com doenças genéticas.
- A reprogramação de células humanas é um dos achados científicos mais significativos da atualidade; mais importante do que a clonagem da ovelha Dolly. Como diz o próprio Ian Wilmut, a reprogramação direta é “extremamente animadora e surpreendente”. O poder da reprogramação direta é tal que gera células-tronco geneticamente iguais às do paciente doador ( a partir de células da pele, por exemplo). Ainda têm a grande vantagem de não serem rejeitadas e comprovadamente não gerarem tumores, de acordo com o recente anúncio de resultado positivo em experiência científica feito em publicação especializada pelo grupo coordenado pelo Dr. Yamanaka em fevereiro de 2008. No mesmo mês, foi apresentada uma significativa melhora no método de obtenção das células iPC, num encontro sobre células-tronco, em Nova York, por John Sundsmo, presidente da PrimeGen, Irvine, CA, EUA. De acordo com Sundsmo, células de pele, de rim e retina incorporaram partículas de carbono que transportavam em suas superfícies proteínas responsáveis pela transformação destas células em células pluripotentes, mais rapidamente e com eficiência muito maior, sem ricos de produzirem cânceres e sem haver manipulação genética. O processo está sendo patenteado. A nosso ver têm sido pouco divulgadas, ou mesmo negadas, informações tão relevantes à população em geral e aos portadores de doenças graves e suas famílias. Na falta da informação correta e precisa, luta-se pela liberação dos experimentos com células-tronco embrionárias humanas, muitas vezes desconhecendo o fato de que estas, até agora, somente foram injetadas em camundongos, gerando rejeição e, com freqüência, tumores, não podendo, portanto sequer serem testadas em seres humanos, em razão dos graves riscos à saúde e mesmo vida dos pacientes que isso poderia implicar.
- Manifestamos nossa solidariedade aos portadores das diversas doenças que podem ser tratadas com as células-tronco adultas, com a linha de pesquisa dos fatores celulares, que também já tem dado resultados positivos, ou com as novas células-tronco pluripotenciais induzidas (iPCs), quando estiverem em fase de teste clínico, o que, confiamos e esperamos, possivelmente não deverá demorar, beneficiando assim os pacientes e seus familiares.
- Colocamos-nos solidários, também, com as crianças resultantes de fecundação in vitro e suas famílias. Entendemos que o único destino dessas meninas e meninos, conforme sua intrínseca e inalienável dignidade humana, é o mesmo que motivou sua fecundação, ou seja, serem filhas ou filhos, inseridos em uma família. Deve se buscar, pois, condições e soluções para que prossigam o seu ciclo vital, mediante implantação no útero de suas mães biológicas, ou de outras que os acolham ou adotem. O tempo de congelamento não é empecilho para tal, como foi demonstrado recentemente por Vinícius, com oito meses de nascido, após oito anos de congelamento, acolhido no útero de sua mãe, Maria Roseli. Ele é uma das mais de 400 crianças nascidas, após haverem sido crioconservadas (congeladas) “a maioria acima de três anos de congelamento”, em uma só clínica de fertilização. Esclarece o médico responsável pela clínica: “É uma loucura falarem que embrião congelado há mais de três anos é inviável. E isso não tem nada a ver com religião. A viabilidade é um fato e ponto.” (Folha de S. Paulo, 9 de março de 2008, “O Bebê que Saiu do Frio”). Vinícius e outras crianças que estiveram congeladas por mais de três anos o demonstram claramente.
Sendo o Brasil um país que não dispõe de grandes recursos para aplicação em pesquisa, é crucial que sejam bem empregados. No que se refere à busca de terapias, certamente o campo das células-tronco adultas é já uma realidade, e muito mais promissor para o futuro, conforme reconhecido por grandes cientistas internacionais. Verifica-se, do que foi exposto, que o respeito à vida e à dignidade do ser humano, que deve informar toda a pesquisa científica, não está dissociado de resultados terapêuticos positivos, mas sim a ele associado.
Assinam a declaração:
Dra. Alice Teixeira Ferreira – Professora Associada de Biofísica da UNIFESP/EPM na área de Biologia Celular
Dra. Cláudia Maria de Castro Batista – Professora do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ
Dr. Cláudio Fonteles – Subprocurador Geral da República
Prof. Hermes Rodrigues Nery –Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida da Diocese de Taubaté - SP
Dr. Humberto Leal Viera – Presidente da Associação Nacional Pró-Vida-Família
Jaime Ferreira Lopes – Assessor Parlamentar
Dra. Lenise Aparecida Martins Garcia - Professora do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília
Dep. Luiz Bassuma – Deputado Federal – BA
Marco Antonio G. Araújo – Assessor Parlamentar
Dra. Maria Dolly Guimarães – Presidente da Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida de SP
Dep. Miguel Martini – Deputado Federal - MG
Dr. Paulo Fernando Melo Costa – Assessor Parlamentar
Dr. Paulo Silveira da Silva Martins Leão Junior – Presidente da União de Juristas Católicos do RJ
Dra. Renata Braga Klevenhusen - Coordenadora Adjunta do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Estácio de Sá
Susy Gomes – Assessora Parlamentar
Dep. Dr. Talmir Rodrigues – Deputado Federal - SP
domingo, 11 de maio de 2008
Viva a Vida!!!
Discutir o momento em que se inicia a vida em si é algo deveras mesquinho e interesseiro, que só pode estar a serviço do desejo de dominação sobre a vida de outrem.
O zigoto, antes de ser embrião, é autônomo desde quando surge, pois seu desenvolvimento acontece independente do desejo de quem o abriga; precisa sim de um local ideal e condições mínimas para se desenvolver da mesma forma como todos nós precisamos de um ambiente com um mínimo de suporte vital para sobrevivermos e nos desenvolvermos. É certo que o ser humano tem uma capacidade de adaptação imensa, mas que também é diferente a cada fase de sua vida e essas condições são também limitantes para a existência da vida. E cada um de nós é autônomo no que diz respeito à nossa vontade de viver, à nossa disposição de adaptarmo-nos ao ambiente que nos inserimos. Assim também é o embrião (ou zigoto, ou mórula, ou blástula, ou qualquer nome que se dê a qualquer fase em que esteja esse novo ser humano).
A vida que se desenvolve no útero de uma mulher não lhe pertence. Por mais que ela tenha tido lá sua responsabilidade na geração deste novo ser humano, ela não pode dispor dele da forma que lhe convier; ao contrário, é eternamente responsável por aquele que ela gerou. A responsabilidade sobre um ser não lhe confere o poder de determinar-lhe seu destino.
Os úteros de aluguéis que surgem e passam a ser alternativa para solucionar as dificuldades financeiras de uns e as dificuldades biológicas de outros mostram bem essa situação da autonomia do embrião: ele desenvolve-se na “mãe de aluguel”, mas não lhe pertence. Assim como em todas as gestações, o embrião é autônomo. Ele precisa apenas ser acolhido e alimentado para se desenvolver.
As alegações mesquinhas para justificar um o aborto, por mais diversa que ela seja, são todas de origem não humana: nem mesmo um animal pode ser tão frio e calculista para sacrificar seu próprio filho em prol de uma condição melhor de vida para si e os que o cercam. Com os animais é diferente: só se reproduzem quando estão em condições físicas para poder trazer um novo ser à vida; caso a fêmea não esteja em condições, não entrará no cio e a reprodução não acontece. O Homem pode decidir: reproduzir-se ou não é apenas uma conseqüência do ato num momento específico, e que somente a mulher pode conhecê-lo.
Dos mais diversos motivos alegados para justificar um aborto, não há um que se sustente: anencefalia, estupro, risco de vida para a mãe, gravidez não desejada, idade da mãe – seja muito nova ou muito velha – enfim, qualquer que seja o motivo, a principal razão é sempre um desejo de auto-preservação em prol de um outro ser humano que não pediu para estar ali; ao contrário, foi “convidado” a participar da vida e em um certo momento, resolveram “desconvidá-lo”.
É nossa responsabilidade, como pais, educadores e membros da sociedade, vivendo nas nossas comunidades e nos relacionando com diversas pessoas de outros círculos sociais, levar esse conhecimento, as suas causas e suas conseqüências, valorizar a vida, puxar a responsabilidade que existe dentro de cada um e trazê-la a tona, para o dia a dia de todos, criando um senso comum da necessidade que devemos ter de preservar a vida. A vida Humana. Sim, assim como nos preocupamos com os pássaros, as focas e baleias, as árvores da Amazônia e de uma forma geral, com a natureza e a ecologia, devemos muito mais preservar a espécie humana, da forma mais humana possível: combater a injustiça, a matança indiscriminada, a indiferença entre as pessoas, o sentido comunitário, a partilha, enfim, valores que são nobres para a vida humana, para a vivência em comunidade, e para a preservação do maior presente que poderíamos ter: a nossa própria vida.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Uma vitória da Vida...
domingo, 27 de abril de 2008
Pecado: dizer não à Deus e aos irmãos
Deus, desde o momento da criação, tem um plano de amor para toda a sua humanidade. Estamos neste mundo para que participemos da vida divina, para que desfrutemos do Seu Reino, para que vivamos no amor, enfim, para que nos realizamos como seres humanos. Contudo, Deus não fez sua obra completamente acabada. Ele não nos fez perfeitos, mas perfectíveis, ou seja, estamos a caminho de uma perfeição maior.
Essa perfeição maior somente poderá ser atingida se permanecermos em Deus e com Ele partilharmos o amor. Somente Deus pode nos fazer melhores. Sozinhos nada podemos, pois somos fracos e limitados. Em Deus tudo podemos, pois Ele é poderoso e ilimitado.
Porém, Deus fez o ser humano livre. Este, se quisesse crescer e tornar-se cada vez melhor, mais humano, mais realizado como pessoa, deveria escolher estar com Deus. Mas, desde o início, desde os seus primeiros pais, os seres humanos optaram por fechar-se em si mesmos. Fechados em si não podiam crescer, pois eram imperfeitos e permaneciam longe daqueles que era a Perfeição. Este pecado, o primeiro de todos, é o que chamamos de "Pecado Original".
Primeiramento é preciso melhorar os conceitos que possuímos sobre o Pecado Original. O Pecado de nossos primeiros pais não foi o simples fato de roubar um "fruto proibido"; foi mais do que isso. No Paraíso, que não poder ser entendido como um "lugar", mas um "estado de ser", a comunhão com Deus era perfeita. O ser humano podia crescer em Deus, tornando-se cada vez melhor. Porém, nossos primeiros pais, escolheram abandonar seu Criador. Não quiseram mais ouvir a voz de Deus que soava em seus corações. Auto-proclamaram-se donos de seu futuro, conhecerdores do que era o bem e o mal para si mesmos (cf. Gn 3,4). Deus não tinha mais vez no coração humano - homem e mulher tornaram-se deuses para si mesmos. Fechados em seu orgulho, os seres humanos caíram sempre mais e mais em seus erros. Imperfeitos e inacabados, não podiam mais crescer. Perderam a sua razão de ser, perderam a raiz de sua felicidade, pois escolheram estar longe de Deus (é esse o significado da "expulsão do Paraíso" - cf. Gn 3,23-24), perderam a harmonia que havia quando estavam em perfeita comunhão com Deus.
Todos os pecados subsequentes são praticados tendo como raiz primeira esse pecado de origem. Cada pecado humano é um auto-proclamar-se da pessoa como senhora de si para deixar Deus e seu projeto num plano inferior. Assim, pode-se dizer que qualquer ação que faça com que a pessoa esteja menos em comunhão com Deus é pecado.
Depois do Pecado Original, muitos atos humanos afastaram-nos mais ainda da perfeita comunhão com o Criador. Assim, criou-se uma estrutura de pecado - o mal impregnou-se em todos. Quando nascemos, somos inseridos nessa estrutura, nessa realidade que se opõe ao plano de Deus. Estamos em um ambiente de pecado, vivemos em uma estrutura de pecado que deve ser vencida a fim de que seja implantado o Reino de Deus.
Mas como saber se uma determinada ação afasta-nos de Deus? Nossa consciência unida às verdades reveladas por Cristo são os parâmetros para dizermos se uma atitude foi pecaminosa ou não. Quando falamos em atitude estamos falando de atos pensados e executados conscientemente. No entando, quanlquer ação consciente, quando feita fora do projeto de Deus, ou seja, desrespeitando a natureza humana, é pecado. E TODO PECADO AFETA A TODOS, POIS TODOS FORMAMOS UM SÓ CORPO. SOMOS INTERDEPENDENTES NO PROJETO DIVINO. CADA ATO HUMANO, SEJA ELE PECAMINOSO OU SANTO, INFLUENCIA TODOS OS DEMAIS SERES HUMANOS. SE SOMOS MAIS SANTOS, SANTIFICAMOS TODA HUMANIDADE CONOSCO, SE SOMOS PECADORES, DENEGRIMOS IGUALMENTE A TODOS. Em outras pelavras: se procuramos nossa santificação, levamos para o mesmo caminho - seja por exemplo, por influência direta ou indireta - muitos daqueles que estão ao nosso redor; o inverso também é verdadeiro: quando caminhamos para o pecado, influenciamos diretamente (e negativamente) aqueles que nos cercam, comprometendo-os para com o rompimento da harmonia buscada em Deus. O exemplo mais prático e mais fácil de visualizar é nos compararmos à uma rede de pesca, aonde cada um dos "nós" é uma pessoa, e todos estão interligados direta ou indiretamente através dos segmentos de linha: estando essa rede esticada, se um dos "nós" for puxado para baixo, aqueles que estão ao seu redor também seguem a mesma direção ainda que em diferentes intensidades; ao contrário, se um ou mais dos "nós" for puxado para cima os vizinhos próximos e também os mais distantes seguem o mesmo caminho, tendendo a subir.
"O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta de amor verdadeiro, para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna." (CIC 1849)
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Triste notícia...
domingo, 13 de abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
IMPRENSA AMERICANA DETECTA PENTECOSTES PRÓ-VIDA NO BRASIL
"Nunca foi vista em qualquer nação uma campanha tão bem organizada e fundamentada contra a cultura da morte como a que está ocorrendo no Brasil".
É o que afirmou na semana passada o colunista especializado Matthew Cullinan Hoffman em um comentário elaborado para a agência de notícias americana Life Site News. Ele também afirma que "está ocorrendo um Pentecostes Pro Vida no Brasil jamais visto em nenhum país do mundo". A seguir a tradução e o original inglês do artigo, tal como se encontra publicado no Life Site News, e os documentos oficiais do Congresso de Aparecida citados na reportagem.
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PENTECOSTES PRO VIDA NO BRASIL: O QUE ISTO SIGNIFICA PARA O RESTO DO MUNDO
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/mar/08032010.html
Nunca foi vista em qualquer nação, por parte do clero católico, uma campanha tão bem organizada e fundamentada, contra a "cultura da morte".
Comentário de Matthew Cullinan Hoffman para Life Site News
BRAZIL, 20 de março de 2008 (LifeSiteNews.com) - No mes passado a nação brasileira experimentou o que parece ter sido uma transformação miraculosa.
A hierarquia católica no Brasil tornou-se famosa há bastante tempo por sua indiferença no que diz respeito aos temas da defesa da vida, e sua desproporcional ênfase nos temas econômicos que parece igualar o catolicismo com a política socialista.
Os bispos brasileiros tem inclusive mantido um distante mas bastante real relacionamento com as "Católicas pelo Direito de Decidir", que é a versão sul americana das "Catholics for a Free Choice", um eufemístico grupo "católico" favor do aborto planejado para confudir os fiéis sobre os ensuinamentos da Igreja sobre a santidade da vida humana.
Até recentemente as lideranças católicas pareciam "esconder-se no sótão" no que diz respeito ao e outros temas relativos à defesa da vida humana, vergonhosamente evitando o assunto e inclusive conspirando com a "cultura da morte".
Entretanto, no mês passado ele repentinamente apareceram para as massas, abertamente proclamando o Evangelho da Vida da Igreja. Sua timidez anterior foi substituída por uma agressiva e quase provocativa posição contra as ideologias que estão por detrás da cultura da morte do aborto. Embora possa ser muito cedo para dizê-lo, parece que um "Pentecostes Pro Vida" está acontecendo entre os bispos do Brasil, e as estratégias que eles estão empregando são uma lição para todo o mundo Católico.
A conversão dos bispos parece ter-se iniciado depois do infeliz início este ano da "Campanha da Fraternidade", um projeto promovido pela Igreja Católica no Brasil todos os anos para promover um ensinamento ou tema diverso.
Embora o tema deste ano tenha sido "Fraternidade e Defesa da Vida", a campanha começou com problemas quando um grupo de sacerdotes divulgou um documentário relacionado com a campanha que dava uma cobertura simpática às "Católicas pelo Direito de Decidir".
Os católicos protestaram, e o eminente professor de filosofia Olavo de Carvalho escreveu um artigo de opinião para os jornais brasileiros denunciando a longa associação da Hierarquia Católica com as causas a favor do aborto. O CD do documentário foi retirado de circulação e o videoclip ofensivo foi removido da nova versão publicada, mas nenhuma explicação ou pedido de desculpas foi dado. Parecia que nada, na verdade, havia mudado.
Mas com o lançamento oficial da Campanha no início de fevereiro, parecia óbvio que alguma coisa havia acontecido com os bispos neste interim. Eles não se fizeram, como seria de se esperar, um anúncio meramente protocolar do tema da Campanha. Em vez disso eles chamaram uma conferência nacional de imprensa onde claramente denunciaram o aborto, a eutanásia, e a pesquisa com células tronco embrionárias em algo que somente poderia ser qualificado de "linguagem de guerra".
O Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispo do Brasil, Dimas Lara Barbosa, conduziu as cerimônias de abertura, e passou a declarar que o propósito náo era somente deter a nova legislação contra a vida, mas eliminar todas as exceções do Código Penal Brasileiro em relação ao aborto.
Ele afirmou que os bispos nos meses seguintes iriam "denunciar" os políticos e as orgamnizações a favor do aborto por "manipularem informações" para promover suas causas, e iriam trabalhar para educar o público sobre os danos da legislação que pretende legalizar o aborto, a eutanásia e a pesquisa com células tronco embrionárias.
Logo após o anúncio, os bispos conduziram uma conferência a favor da vida em Aparecida, o mais importante santuário do Brasil, e lançaram uma trovejante declaração em defesa da vida humana, denunciando os grupos pro aborto como um instrumento de um novo tipo de imperialismo que busca impor uma agenda racista de controle populacional no "terceiro mundo".
"Nós denunciamos a implantação de uma cultura da morte que destrói o sentido da vida, dos valores éticos, e dos direitos naturais de que dericam todas as leis humanas", declarcou a conferência.
"Nós denunciamos a tentativa de descriminalizar e legalizar o aborto na América Latina. Nós denunciamos a fraude no campo científico, a manipulação da linguagem e as autorizações do governo que permitem a produção e a distribuição em nossos países de drogas, venenos para matar seres humanos, desde as primeiras horas de vida, como ocorre com a pílula do dia seguinte".
"Nós denunciamos os programas do governo para legalizar o aborto de uma maneira indireta, como as normas técnicas do Ministério da Saúde que autorizam o aborto com base na simples declaração da parte interessada".
Além de falar clara e contundentemente sobre os horrores do aborto e outras ofensas contra a vida humana, os bispos estão fazendo aquilo que os pro vidas estiveram esperando há tanto tempo que os bispos fizessem algum dia em todo o mundo: eles estão usando sua autoridade para divulgar material informativo sobre o aborto em cada paróquia do país para distribuição entre os leigos.
O Arcebispo do Rio de Janeiro foi mais longe. Ele ordenou que uma grande quantidade de modelos de um feto fossem distribuidos em cada paróquia, e os padres estão exibindo-os nos centros de suas igrejas, explicando aos leigos que a vida começa na concepção e que o aborto põe um fim a esta vida.
Pelo menos uma paróquia na cidade está no momento mostrando vídeos dos abortos em encontros a portas fechadas, com comentários detalhados sobre as técnicas do aborto. Os leigos católicos do Brasil, muitos dos quais tem pouco conhecimento sobre o aborto, estão impressionadíssimos com o que estão vendo, e inspiram-se para agir contra o aborto. Há pouca dúvida que os políticos a favor do aborto nos ramos executivo, legislativo e judiciário no Brasil também estão aterrorizados, por razões muito diversas.
Que efeito teria esta abordagem se todos os bispos católicos do mundo tentassem imitar os bispos brasileiros e declarassem guerra ao aborto, à eutanásia e a outros ataques contra a vida humana? Infelizmente a resposta deverá ficar na especulação, porque talvez nunca até hoje foi vista uma campanha tão organizada e fundamentada contra a "cultura da morte", em qualquer país, por parte do clero católico.
Entretanto, pode haver pouca dúvida de que mesmo em um país como os Estados Unidos, cuja população é somente 25% católica, tal campanha teria um grande impacto. Se este "gigante adormecido" acordasse, galvanizado por uma pregação clara e campanhas educacionais que claramente revelem o crime do aborto, como poderia qualquer partido político opor-se contra ele?
É claro para este autor que antes que tal transformação possa ocorrer, deverá ocorrer primeiro nos corações e nas mentes do clero. Eles tem que experimentar primeiro seu próprio Pentecostes Pro Vida. E para isto, temos que continuar rezando.
COBERTURA LIFE SITE RELACIONADA:
DIOCESE CATÓLICA MOSTRA HORRORES DO ABORTO A FIÉIS
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/mar/08031208.html
DECLARAÇÃO DE APARECIDA EM DEFESA DA VIDA - 10 DE FEVEREIRO 2008
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08021312.html
GUERRA CONTINUA: BISPOS CATÓLICOS DO BRASIL LEVAM BATALHA PRO VIDA PARA NAÇÕES UNIDAS E FUNDAÇÕES INTERNACIONAIS
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08021313.html
BISPOS BRASILEIROS LANÇAM GRANDE CAMPANHA NACIONAL CONTRA ABORTO, EUTANÁSIA E PESQUISA COM CÉLULA TRONCO EMBRIONÁRIA
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08020810.html
BISPO BRASILEIRO: EXCOMUNHÃO CONTRA QUEM USA OU DISTRIBUI PÍLULA DO DIA SEGUINTE
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/jan/08012805.html
CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR DO BRASIL INSTALADAS EM PRÉDIO DE PROPRIEDADE DE ORDEM RELIGIOSA CATÓLICA
http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/apr/07042404.html
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ARTIGO ORIGINAL EM INGLES
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THE PRO-LIFE PENTECOST IN BRAZIL, AND WHAT IT MEANS FOR THE REST OF THE WORLD
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/mar/08032010.html
We have perhaps never seen such a concerted, sustained campaign against the "culture of death" in any nation, on the part of Catholic clergy
Commentary by Matthew Cullinan Hoffman
BRAZIL, March 20, 2008 (LifeSiteNews.com) - During the past month, the nation of Brazil has experienced a seemingly miraculous transformation.
The Catholic hierarchy in Brazil has long been famous for its laxity regarding human life issues, and its disproportionate emphasis on economic issues that seems to equate Catholicism with socialist politics.
The bishops have even maintained a loose but very real relationship with "Catholics for the Right to Decide", which is the South American version of "Catholics for a Free Choice", a phony "Catholic" pro-abortion group designed to confuse the faithful about the Church's teachings on the sanctity of human life.
Until recently, the Catholic leadership seemed to be "hiding in the upper room" with regard to abortion and other human life issues, shamefully avoiding the topic and even colluding with the "culture of death".
However, in the last month they have suddenly appeared to the masses, boldly proclaiming the Church's Gospel of Life. Their former timidity has been replaced by an aggressive, almost provocative stance towards the ideologies that underlie the death cult of abortion. Although it may be too early to tell, it appears that a "pro-life Pentecost" is occurring among the bishops of Brazil, and the strategies they are employing are a lesson to the whole Catholic world.
The bishops' conversion seems to have begun after the inauspicious start of this year's "Fraternity Campaign", a project undertaken by the Catholic Church in Brazil each year to promote a different teaching or theme.
Although this year's theme is "Fraternity and the Defense of Life", the campaign ran into trouble when a group of priests issued a documentary associated with it that gave sympathetic coverage to "Catholics for the Right to Decide."
Catholics protested, and the eminent philosophy professor Olavo de Carvalho wrote an opinion article for Brazilian newspapers pointing out the Catholic hierarchy's long association with pro-abortion causes. The CD of the documentary was removed from circulation and the offending video clip was removed from the reissued version, but no explanation or apology was given. It seemed that nothing had really changed.
But with the official launch of the Campaign in early February, it was obvious that something had happened to the bishops in the interim. They did not, as might be expected, give a feeble announcement of the Campaign's theme. Rather, they held a national press conference that clearly denounced abortion, euthanasia, and embryonic stem cell research, in what only can be called "fighting language."
The General Secretary of the National Conference of Brazilian Bishops, Dimas Lara Barbosa, led the opening ceremonies, and proceeded to state that the purpose was not merely to stop new anti-life legislation, but to eliminate all exceptions in Brazil's penal code regarding abortion.
He said the bishops in the following months would "confront" politicians and pro-abortion organizations for "manipulating information" to promote their cause, and would work to educate the public about the dangers of legislation to legalize abortion, euthanasia, and embryonic stem cell research.
Following the announcement, the bishops held a pro-life conference in Aparecida, home of Brazil's most important shrine, and issued a thundering declaration in defense of human life, denouncing pro-abortion groups as tools of a new kind of imperialism that seeks to impose a racist population-control agenda on the "third world".
"We denounce the implantation of a culture of death that destroys the sense of life, of ethical values, and natural rights from which all human laws are derived," the conference declared.
"We denounce the attempt to decriminalize and legalize abortion in Latin America. We denounce the fraud in the scientific field, the manipulation of language and the government authorizations that permit the production and distribution in our countries of pharmaceuticals, poisons to kill human beings, from the first hours of life, as occurs with the morning after pill and the inter-uterine device, IUD."
"We denounce the government programs to liberalize abortion in an indirect way, such as the technical standards of the Ministry of Health that authorize abortion based on the mere declaration of the interested party."
In addition to speaking clearly and boldly about the horror of abortion and other offenses against human life, the bishops are doing what pro-lifers have long hoped that bishops will someday do worldwide: they are using their authority to issue informational materials on abortion to every parish in the country for distribution to the laity.
The Archbishop of Rio de Janeiro has gone further. He has ordered more than enough fetal models for every parish, and priests are displaying them in the centers of their churches, explaining to the faithful that human life begins at fertilization, and that abortion terminates that life.
At least one parish in the city is actually showing videos of abortions in closed door meetings, with chilling commentary about the details of the procedure. Brazilian lay Catholics, many of whom have little acquaintance with abortion, are horrified by what they see, and are inspired to act against abortion. There is little doubt that the pro-abortion politicians in Brazil's executive, legislative, and judicial branches are also horrified, for very different reasons.
What effect would such an approach have if all of the Catholic bishops of the world were to imitate the Brazilian bishops, and declare war on abortion, euthanasia, and other offenses against human life? Sadly, the answer must remain a speculative one, because we have perhaps never seen such a concerted, sustained campaign against the "culture of death" in any nation, on the part of Catholic clergy.
However, there can be little doubt that even in a country like the United States, whose population is only 25% Catholic, such a campaign would have a large impact. If this "sleeping giant" were to awaken, galvanized by clear preaching and educational campaigns that clearly reveal the crime of abortion, how could any political party stand against it?
It is clear to this author that before such a transformation can occur, it must first occur in the hearts and minds of the clergy. They must first experience their own Pro-Life Pentecost. And for that, we must continue to pray.
Related LifeSiteNews Coverage:
Catholic Diocese Shows Horrors of Abortions to Faithful, Displays Fetal Models in Parishes
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/mar/08031208.html
Declaration of Aparecida in Defense of Life, February 10, 2008
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08021312.html
The War Continues: Brazil Catholic Bishops Take Pro-Life Battle to the United Nations, and International Foundations
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08021313.html
Brazilian Bishops Launch Major National Campaign Against Abortion, Euthanasia, and Embryonic Stem Cell Research
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08020810.html
Brazil Bishop: Excommunication for those who Use or Distribute Morning After Pill
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/jan/08012805.html
Brazil's Catholics for a Free Choice Housed in Building owned by Catholic Religious Order
http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/apr/07042404.html
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DOCUMENTAÇÃO ORIGINAL
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1. MENSAGEM DE ABERTURA DO BISPO DE TAUBATÉ POR OCASIÃO DO 1º CONGRESSO INTERNACIONAL EM DEFESA DA VIDA
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Taubaté, 6 de fevereiro de 2008
Caríssimos irmãos e irmãs em em Cristo,
Estamos reunidos no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, para celebrar a abertura da Campanha da Fraternidade, que neste ano tem o tema: "Fraternidade e Defesa da Vida"e o lema "Escolhe, pois, a Vida", que sedia, de 6 a 10 de fevereiro, o Primeiro Congresso Internacional em Defesa da Vida, reunindo importantes especialistas em Bioética e lideranças Pró Vida, nacionais e internacionais. Estamos aqui para defender a vida humana, ameaçada no mundo de hoje como não nunca se viu em toda a história da humanidade. Atualmente, há países onde o aborto está legalizado durante todos os nove meses de gestação e outros que se preparam para despenalizá-lo totalmente, o que equivaleria ao mesmo. A Organização das Nações Unidas (ONU), vendo já suficientemente enraizada a cultura do aborto, pretende reconhecê-lo não mais como um mal menor a ser tolerado mas como um direito humano fundamental, enquanto no primeiro mundo procura-se introduzir a prática pela qual os homens mais idosos peçam, (e sejam culturalmente forçadas a pedir, quando suas vidas não evidenciem mais sinais de utilidade social e mesmo que ainda gozem de boa saúde), a própria morte disfarçada de um bem, um novo direito a ser concedido pelo Estado.
Queremos neste Congresso ajudar a Igreja e a sociedade a perceberem que estes ataques à vida humana não são senão a face mais visível mais visível de uma patologia muito mais extensa que assola a sociedade de hoje, da qual conhecemos muito mal a extensão de suas causas. Trata-se do mesmo mal de que nos havia prevenido o Papa João XXIII, cinquenta anos atrás, quando no dia 25 de janeiro de 1959, anunciou pela primeira vez a convocação do Concílio Vaticano II e o diagnóstico não estava tão avançado.
"Quando o bispo de Roma estende o seu olhar sobre o mundo inteiro", afirmou então João XXIII, "contempla o triste espetáculo da liberdade humana que, sob a tentação das vantagens do progresso da técnica moderna, distrai-se da procura dos bens superiores e debilita as energias do espírito, que constituem a força de resistência aos erros que, no curso da história sempre levaram à decadência espiritual e moral e à ruína das nações".
Muitos dos progressos da técnica moderna produziram estes resultados porque foram oferecidos por uma cultura propositalmente e planejadamente construída para destruir a própria idéia de Deus. Esta cultura não somente se contenta em lutar desde fora contra a Igreja, mas também invade as suas posições-chave, penetra até no próprio espírito dos seus membros, inclusive de religiosos e sacerdotes, e os contamina silenciosamente com o seu veneno. Por meio de seus membros mais conscientes, esta nova sociedade trabalha duma maneira muito eficaz: utiliza os meios da ciência e da técnica, as possibilidades sociais e econômicas; prossegue imperturbavelmente na execução de uma estratégia cuidadosamente elaborada; exerce um domínio quase absoluto nas organizações internacionais, nas sociedades financeiras, nos meios de comunicação social, construindo um mundo que, alcançados seus objetivos, não poderá mais dizer-se iluminado por aquela luz, nem possuído daquela vida que o Verbo de Deus, fazendo-se homem, veio trazer aos homem.
Os ataques que hoje observamos à vida humana, prezados irmãos, são apenas uma das linhas de frente deste que representa o mais grave problema que enfrenta atualmente a Igreja e do qual temos que compreender suas causas em toda a sua profundidade se quisermos que a luz do Evangelho possa continuar fermentando a humanidade que nos foi confiada por Cristo.
Se este Congresso houver contribuído para difundir uma maior luz a este respeito, entenderemos haver alcançado nosso objetivo.
Deus, nosso Senhor, seu Filho único Jesus Cristo ressuscitado e a sua bem aventurada mãe, a Virgem Maria, possam abençoar a todos pelo bem que estarão ajudando a promover, ao se posicionarem e se comprometerem em favor da família e da vida humana.
A exemplo de João Paulo II, exclamamos: "Maria, a vós confiamos a causa da Vida".
Cordialmente, em Cristo e Maria!
Dom Carmo João Rhoden SCJ
Bispo da Diocese de Taubaté
Presidente da Comissão Diocesana em Defesa da Vida
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2. DECLARAÇÃO DE APARECIDA EM DEFESA DA VIDA
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DECLARAÇÃO DE APARECIDA EM DEFESA DA VIDA
http://www.cnbb.org.br/index.php?op=noticia&subop=17312
"Maria, a Vós confiamos a Causa da Vida" (João Paulo II, Evangelium Vitae, 105)
Nós, reunidos no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Aparecida – Brasil), de 06 a 10 de fevereiro de 2008, representantes brasileiros, do continente europeu e das Américas, no I Congresso Internacional em Defesa da Vida, promovido pela Comissão Diocesana em Defesa da Vida, da Diocese de Taubaté, com o apoio do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Arquidioceses de Aparecida e de Brasília, Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida, Associação Nacional Mulheres pela Vida, Frente Parlamentar contra a Legalização do Aborto, Human Life International, Alianza Latinoamericana para la Família, Associazione per la Difesa dei Valori Cristiani - Voglio Vivere, Family Center, Agência ZENIT e outras entidades representativas da sociedade civil, bem como membros do Congresso Nacional brasileiro, de Assembléias Legislativas e de Câmara Municipais, e de pastorais diversas, procuramos fazer deste encontro uma resposta imediata ao que propõe a Campanha da Fraternidade de 2008, no Brasil, com o Tema: "Fraternidade e Defesa da Vida", e o Lema: "Escolhe, pois, a Vida".
Realizamos um intenso e aprofundado intercâmbio cultural e de experiências no que tange ao respeito à vida e à dignidade da pessoa humana. Estiveram presentes especialistas das mais diversas ciências e renomadas personalidades da área da Bioética, com expressivas lideranças nacionais e internacionais, unidos no esforço de ampliar a conscientização das inúmeras ameaças e ataques sem precedentes contra a família e a dignidade da pessoa humana, que contrariam a lei natural e a garantia do primeiro de todos os direitos humanos, que é o direito à vida.
Sentimo-nos também como um dos primeiros frutos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, celebrada neste mesmo local, em maio passado, em que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, destacou a necessidade dos povos garantirem "o direito à uma vida plena, própria dos filhos de Deus, com condições mais humanas", para desenvolver "em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural" (cf. Discurso Inaugural da Conferência). É necessário, por conseguinte, defender a vida em todas as suas fases, desde a concepção até a morte natural, reconhecer e promover a estrutura natural da família, como união entre um homem e uma mulher através do matrimônio, e tutelar o direito dos pais a educar os próprios filhos, tudo isto como conseqüência de princípios inscritos na natureza humana e comuns a toda a humanidade.
Pois, de fato, a legislação não pode basear-se somente no consenso político, mas também sobre a moral que se fundamenta em uma ordem natural objetiva. A economia deve destinar-se ao ser humano como portador de intrínseca dignidade. Não pode haver economia sem população e não pode haver população sem filhos. A sexualidade, ademais, compartilha dos direitos e da dignidade do ser humano e destina-se à construção de uma família como ao seu fim natural.
Depois de havermos estudado e refletido sobre tais princípios, sobre suas conseqüências e sobre fatos fartamente documentados da história recente, DESTACAMOS que:
- O aborto, químico ou cirúrgico, tem sido utilizado pelos países desenvolvidos como a principal ferramenta para sustentar uma política global de controle populacional. Desde 1952, com o surgimento do Conselho Populacional, aos quais se somaram, mais tarde, a Fundação Rockefeller, Ford, Gates e outras, está sendo implantado internacionalmente um programa populacional destinado ao controle demográfico do planeta. O projeto inclui a disseminação de uma mentalidade anti-natalista, compreendendo a implantação de anticonceptivos, o aborto legal e outros ataques contra a vida, dentro de uma perspectiva geopolítica e eugênica que decidiu priorizar o combate à pobreza impedindo os pobres de ter descendência em vez de investir no desenvolvimento econômico. Dentro desta nova perspectiva, a anticoncepção, o aborto e também a eutanásia tornaram-se parte de uma política demográfica, integrada a uma política mais ampla de globalização, que busca a implantação do monopólio econômico.
- Desde os anos 80, por consenso estratégico, elaborado pelas grandes Fundações que promovem o aborto, as políticas de controle populacional têm sido apresentadas propositadamente camufladas sob a aparência de uma falsa emancipação da mulher e da defesa de pretensos direitos sexuais e reprodutivos, difundidos através da criação e do financiamento de uma rede internacional de organizações não-governamentais (ONGs) que promovem o feminismo, a educação sexual liberal e o homossexualismo.
- A Organização das Nações Unidas (ONU), desde a década de 1980, comprometeu-se com as políticas de controle populacional, que constituem, atualmente, um dos grandes pólos de suas ações. Através de seus comitês de monitoramento a ONU tem propositalmente fomentado o desenvolvimento de uma jurisprudência no campo do direito internacional pela qual tenciona-se preparar o reconhecimento do aborto como direito humano. Através de vários de seus órgãos e de suas agências, a ONU tem sido ainda um dos principais organismos internacionais promotores da legalização do aborto nos países da América Latina.
- Os organismos internacionais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre outros, outorgam créditos para o desenvolvimento de nossas nações condicionando-os a metas políticas de controle populacional.
- Vários países da União Européia estão implicados na difusão internacional do aborto e do controle populacional, destinando para isso importantes somas de dinheiro e usando sua influência política.
- A IPPF (Federação Internacional de Paternidade Planificada), que constitui a segunda OnG mais poderosa do mundo, depois da Cruz Vermelha Internacional, com suas filiais locais (no Brasil, a Bemfam), e seus organismos satélites, como o GPI (Grupo Parlamentar Interamericano de População e Desenvolvimento) e o IPAS, principal provedor de máquinas de sucção para abortos precoces e de cursos de capacitação em práticas de abortos para médicos, têm como objetivo respectivamente a implantação, nos países em desenvolvimento, da contracepção, esterilização, aborto e treinamento de profissionais da área da Saúde para a incorporação dessas práticas.
- Parlamentares, profissionais da área da Saúde, universitários, meios de comunicação social, a classe jurídica, têm sido pressionados e influenciados pelos promotores desta cultura de morte.
- Os governos, seja por omissão ou por cumplicidade, em sua maior parte têm cedido a estas pressões implantando programas ou políticas populacionais, ou mesmo, como no caso do Brasil, propondo a total e completa descriminalização do aborto, com o que a prática se tornaria legal durante todos os nove meses da gestação.
POR TUDO ISSO:
- Denunciamos a implantação de uma cultura de morte que nos leva à perda do sentido da vida, dos valores éticos e direitos naturais, dos quais deriva todo o direito positivo.
- Denunciamos a tentativa de descriminalizar e legalizar o aborto na América Latina.
- Denunciamos a fraude no campo científico, a manipulação da linguagem e as autorizações estatais que permitem em nossos países a fabricação e a distribuição de fármacos aptos para matar seres humanos, desde suas primeiras horas de vida, como ocorre com a "pílula do dia seguinte".
- Denunciamos os programas estatais para liberar o aborto por via indireta, como as Normas Técnicas do Ministério da Saúde, que "autorizam" o aborto por mera declaração da interessada. - Denunciamos a implantação de uma educação sexual escolar hedonista, propositalmente dissociada da idéia do matrimônio e da construção da família como seu fim natural e, em vez disso, centralizada na genitalidade, na ideologia de gênero e que promove o homossexualismo entre crianças e jovens.
- Denunciamos as tentativas de implantar a eutanásia no País, por meio de resoluções de conselhos profissionais.
E finalmente PROPOMOS:
- Difundir o conhecimento da Doutrina Social da Igreja é fundamental para a consolidação destas propostas que visam a valorização da vida, pelo entendimento e fidelidade na sua vivência dentro da perspectiva do Evangelho da Vida.
- Promover uma opção decisiva pela vida humana e por sua plena dignidade, implementando-a por meio das diversas pastorais, movimentos e outras iniciativas.
- Manter observadores permanentes dentro do Congresso Nacional brasileiro e outras Casas de Lei, de modo a um acompanhamento eficaz das propostas relativas aos autênticos direitos humanos, à vida e à família.
- Patrocinar ações legais para que cessem as violações aos direitos humanos aqui denunciadas, sem exceção alguma.
- Exigir o cumprimento da ação efetiva da defesa da vida, por todas as instituições, organismos e níveis de poder competentes, o respeito integral à vida e dignidade humana, assinalando como primeiro, o requerimento à Organização das Nações Unidas pela decretação da moratória sobre a pena de morte no mundo, especificamente dos não nascidos, dos idosos e inválidos.
Que esta Declaração seja um solene compromisso com a cultura da vida, para que todos tenham vida e a tenham em abundância.
Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, 09 de fevereiro de 2008