domingo, 27 de abril de 2008

Pecado: dizer não à Deus e aos irmãos

"Deus nos escolheu em Cristo antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos. No Seu amor nos predestinou para sermos adotados como filhos Seus por Jesus Cristo, segundo o beneplácido de Sua livre vontade." (Ef 1,4-5)

Deus, desde o momento da criação, tem um plano de amor para toda a sua humanidade. Estamos neste mundo para que participemos da vida divina, para que desfrutemos do Seu Reino, para que vivamos no amor, enfim, para que nos realizamos como seres humanos. Contudo, Deus não fez sua obra completamente acabada. Ele não nos fez perfeitos, mas perfectíveis, ou seja, estamos a caminho de uma perfeição maior.

Essa perfeição maior somente poderá ser atingida se permanecermos em Deus e com Ele partilharmos o amor. Somente Deus pode nos fazer melhores. Sozinhos nada podemos, pois somos fracos e limitados. Em Deus tudo podemos, pois Ele é poderoso e ilimitado.

Porém, Deus fez o ser humano livre. Este, se quisesse crescer e tornar-se cada vez melhor, mais humano, mais realizado como pessoa, deveria escolher estar com Deus. Mas, desde o início, desde os seus primeiros pais, os seres humanos optaram por fechar-se em si mesmos. Fechados em si não podiam crescer, pois eram imperfeitos e permaneciam longe daqueles que era a Perfeição. Este pecado, o primeiro de todos, é o que chamamos de "Pecado Original".

Primeiramento é preciso melhorar os conceitos que possuímos sobre o Pecado Original. O Pecado de nossos primeiros pais não foi o simples fato de roubar um "fruto proibido"; foi mais do que isso. No Paraíso, que não poder ser entendido como um "lugar", mas um "estado de ser", a comunhão com Deus era perfeita. O ser humano podia crescer em Deus, tornando-se cada vez melhor. Porém, nossos primeiros pais, escolheram abandonar seu Criador. Não quiseram mais ouvir a voz de Deus que soava em seus corações. Auto-proclamaram-se donos de seu futuro, conhecerdores do que era o bem e o mal para si mesmos (cf. Gn 3,4). Deus não tinha mais vez no coração humano - homem e mulher tornaram-se deuses para si mesmos. Fechados em seu orgulho, os seres humanos caíram sempre mais e mais em seus erros. Imperfeitos e inacabados, não podiam mais crescer. Perderam a sua razão de ser, perderam a raiz de sua felicidade, pois escolheram estar longe de Deus (é esse o significado da "expulsão do Paraíso" - cf. Gn 3,23-24), perderam a harmonia que havia quando estavam em perfeita comunhão com Deus.

Todos os pecados subsequentes são praticados tendo como raiz primeira esse pecado de origem. Cada pecado humano é um auto-proclamar-se da pessoa como senhora de si para deixar Deus e seu projeto num plano inferior. Assim, pode-se dizer que qualquer ação que faça com que a pessoa esteja menos em comunhão com Deus é pecado.

Depois do Pecado Original, muitos atos humanos afastaram-nos mais ainda da perfeita comunhão com o Criador. Assim, criou-se uma estrutura de pecado - o mal impregnou-se em todos. Quando nascemos, somos inseridos nessa estrutura, nessa realidade que se opõe ao plano de Deus. Estamos em um ambiente de pecado, vivemos em uma estrutura de pecado que deve ser vencida a fim de que seja implantado o Reino de Deus.

Mas como saber se uma determinada ação afasta-nos de Deus? Nossa consciência unida às verdades reveladas por Cristo são os parâmetros para dizermos se uma atitude foi pecaminosa ou não. Quando falamos em atitude estamos falando de atos pensados e executados conscientemente. No entando, quanlquer ação consciente, quando feita fora do projeto de Deus, ou seja, desrespeitando a natureza humana, é pecado. E TODO PECADO AFETA A TODOS, POIS TODOS FORMAMOS UM SÓ CORPO. SOMOS INTERDEPENDENTES NO PROJETO DIVINO. CADA ATO HUMANO, SEJA ELE PECAMINOSO OU SANTO, INFLUENCIA TODOS OS DEMAIS SERES HUMANOS. SE SOMOS MAIS SANTOS, SANTIFICAMOS TODA HUMANIDADE CONOSCO, SE SOMOS PECADORES, DENEGRIMOS IGUALMENTE A TODOS. Em outras pelavras: se procuramos nossa santificação, levamos para o mesmo caminho - seja por exemplo, por influência direta ou indireta - muitos daqueles que estão ao nosso redor; o inverso também é verdadeiro: quando caminhamos para o pecado, influenciamos diretamente (e negativamente) aqueles que nos cercam, comprometendo-os para com o rompimento da harmonia buscada em Deus. O exemplo mais prático e mais fácil de visualizar é nos compararmos à uma rede de pesca, aonde cada um dos "nós" é uma pessoa, e todos estão interligados direta ou indiretamente através dos segmentos de linha: estando essa rede esticada, se um dos "nós" for puxado para baixo, aqueles que estão ao seu redor também seguem a mesma direção ainda que em diferentes intensidades; ao contrário, se um ou mais dos "nós" for puxado para cima os vizinhos próximos e também os mais distantes seguem o mesmo caminho, tendendo a subir.

"O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta de amor verdadeiro, para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna." (CIC 1849)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Triste notícia...

Morre Dom Estevão Bettencourt, OSB

Dom Estevão Tavares Bettencourt, OSB
* 19/09/1919
† 14/04/2008
FACULDADE DE SÃO BENTO DO RIO DE JANEIRO
Rua D. Gerardo, 68 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Telefone/fax: (21) 2206-8100 – Ramal 8281/8310
Home page: www.faculdadesaobento.org.br

quarta-feira, 9 de abril de 2008

IMPRENSA AMERICANA DETECTA PENTECOSTES PRÓ-VIDA NO BRASIL

Recebi hoje, via e-mail, a importante notícia que repasso abaixo:

"Nunca foi vista em qualquer nação uma campanha tão bem organizada e fundamentada contra a cultura da morte como a que está ocorrendo no Brasil".

É o que afirmou na semana passada o colunista especializado Matthew Cullinan Hoffman em um comentário elaborado para a agência de notícias americana Life Site News. Ele também afirma que "está ocorrendo um Pentecostes Pro Vida no Brasil jamais visto em nenhum país do mundo". A seguir a tradução e o original inglês do artigo, tal como se encontra publicado no Life Site News, e os documentos oficiais do Congresso de Aparecida citados na reportagem.

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PENTECOSTES PRO VIDA NO BRASIL: O QUE ISTO SIGNIFICA PARA O RESTO DO MUNDO

http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/mar/08032010.html

Nunca foi vista em qualquer nação, por parte do clero católico, uma campanha tão bem organizada e fundamentada, contra a "cultura da morte".

Comentário de Matthew Cullinan Hoffman para Life Site News

BRAZIL, 20 de março de 2008 (LifeSiteNews.com) - No mes passado a nação brasileira experimentou o que parece ter sido uma transformação miraculosa.

A hierarquia católica no Brasil tornou-se famosa há bastante tempo por sua indiferença no que diz respeito aos temas da defesa da vida, e sua desproporcional ênfase nos temas econômicos que parece igualar o catolicismo com a política socialista.

Os bispos brasileiros tem inclusive mantido um distante mas bastante real relacionamento com as "Católicas pelo Direito de Decidir", que é a versão sul americana das "Catholics for a Free Choice", um eufemístico grupo "católico" favor do aborto planejado para confudir os fiéis sobre os ensuinamentos da Igreja sobre a santidade da vida humana.

Até recentemente as lideranças católicas pareciam "esconder-se no sótão" no que diz respeito ao e outros temas relativos à defesa da vida humana, vergonhosamente evitando o assunto e inclusive conspirando com a "cultura da morte".

Entretanto, no mês passado ele repentinamente apareceram para as massas, abertamente proclamando o Evangelho da Vida da Igreja. Sua timidez anterior foi substituída por uma agressiva e quase provocativa posição contra as ideologias que estão por detrás da cultura da morte do aborto. Embora possa ser muito cedo para dizê-lo, parece que um "Pentecostes Pro Vida" está acontecendo entre os bispos do Brasil, e as estratégias que eles estão empregando são uma lição para todo o mundo Católico.

A conversão dos bispos parece ter-se iniciado depois do infeliz início este ano da "Campanha da Fraternidade", um projeto promovido pela Igreja Católica no Brasil todos os anos para promover um ensinamento ou tema diverso.

Embora o tema deste ano tenha sido "Fraternidade e Defesa da Vida", a campanha começou com problemas quando um grupo de sacerdotes divulgou um documentário relacionado com a campanha que dava uma cobertura simpática às "Católicas pelo Direito de Decidir".

Os católicos protestaram, e o eminente professor de filosofia Olavo de Carvalho escreveu um artigo de opinião para os jornais brasileiros denunciando a longa associação da Hierarquia Católica com as causas a favor do aborto. O CD do documentário foi retirado de circulação e o videoclip ofensivo foi removido da nova versão publicada, mas nenhuma explicação ou pedido de desculpas foi dado. Parecia que nada, na verdade, havia mudado.

Mas com o lançamento oficial da Campanha no início de fevereiro, parecia óbvio que alguma coisa havia acontecido com os bispos neste interim. Eles não se fizeram, como seria de se esperar, um anúncio meramente protocolar do tema da Campanha. Em vez disso eles chamaram uma conferência nacional de imprensa onde claramente denunciaram o aborto, a eutanásia, e a pesquisa com células tronco embrionárias em algo que somente poderia ser qualificado de "linguagem de guerra".

O Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispo do Brasil, Dimas Lara Barbosa, conduziu as cerimônias de abertura, e passou a declarar que o propósito náo era somente deter a nova legislação contra a vida, mas eliminar todas as exceções do Código Penal Brasileiro em relação ao aborto.

Ele afirmou que os bispos nos meses seguintes iriam "denunciar" os políticos e as orgamnizações a favor do aborto por "manipularem informações" para promover suas causas, e iriam trabalhar para educar o público sobre os danos da legislação que pretende legalizar o aborto, a eutanásia e a pesquisa com células tronco embrionárias.

Logo após o anúncio, os bispos conduziram uma conferência a favor da vida em Aparecida, o mais importante santuário do Brasil, e lançaram uma trovejante declaração em defesa da vida humana, denunciando os grupos pro aborto como um instrumento de um novo tipo de imperialismo que busca impor uma agenda racista de controle populacional no "terceiro mundo".

"Nós denunciamos a implantação de uma cultura da morte que destrói o sentido da vida, dos valores éticos, e dos direitos naturais de que dericam todas as leis humanas", declarcou a conferência.

"Nós denunciamos a tentativa de descriminalizar e legalizar o aborto na América Latina. Nós denunciamos a fraude no campo científico, a manipulação da linguagem e as autorizações do governo que permitem a produção e a distribuição em nossos países de drogas, venenos para matar seres humanos, desde as primeiras horas de vida, como ocorre com a pílula do dia seguinte".

"Nós denunciamos os programas do governo para legalizar o aborto de uma maneira indireta, como as normas técnicas do Ministério da Saúde que autorizam o aborto com base na simples declaração da parte interessada".

Além de falar clara e contundentemente sobre os horrores do aborto e outras ofensas contra a vida humana, os bispos estão fazendo aquilo que os pro vidas estiveram esperando há tanto tempo que os bispos fizessem algum dia em todo o mundo: eles estão usando sua autoridade para divulgar material informativo sobre o aborto em cada paróquia do país para distribuição entre os leigos.

O Arcebispo do Rio de Janeiro foi mais longe. Ele ordenou que uma grande quantidade de modelos de um feto fossem distribuidos em cada paróquia, e os padres estão exibindo-os nos centros de suas igrejas, explicando aos leigos que a vida começa na concepção e que o aborto põe um fim a esta vida.

Pelo menos uma paróquia na cidade está no momento mostrando vídeos dos abortos em encontros a portas fechadas, com comentários detalhados sobre as técnicas do aborto. Os leigos católicos do Brasil, muitos dos quais tem pouco conhecimento sobre o aborto, estão impressionadíssimos com o que estão vendo, e inspiram-se para agir contra o aborto. Há pouca dúvida que os políticos a favor do aborto nos ramos executivo, legislativo e judiciário no Brasil também estão aterrorizados, por razões muito diversas.

Que efeito teria esta abordagem se todos os bispos católicos do mundo tentassem imitar os bispos brasileiros e declarassem guerra ao aborto, à eutanásia e a outros ataques contra a vida humana? Infelizmente a resposta deverá ficar na especulação, porque talvez nunca até hoje foi vista uma campanha tão organizada e fundamentada contra a "cultura da morte", em qualquer país, por parte do clero católico.

Entretanto, pode haver pouca dúvida de que mesmo em um país como os Estados Unidos, cuja população é somente 25% católica, tal campanha teria um grande impacto. Se este "gigante adormecido" acordasse, galvanizado por uma pregação clara e campanhas educacionais que claramente revelem o crime do aborto, como poderia qualquer partido político opor-se contra ele?

É claro para este autor que antes que tal transformação possa ocorrer, deverá ocorrer primeiro nos corações e nas mentes do clero. Eles tem que experimentar primeiro seu próprio Pentecostes Pro Vida. E para isto, temos que continuar rezando.

COBERTURA LIFE SITE RELACIONADA:

DIOCESE CATÓLICA MOSTRA HORRORES DO ABORTO A FIÉIS

http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/mar/08031208.html

DECLARAÇÃO DE APARECIDA EM DEFESA DA VIDA - 10 DE FEVEREIRO 2008

http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08021312.html

GUERRA CONTINUA: BISPOS CATÓLICOS DO BRASIL LEVAM BATALHA PRO VIDA PARA NAÇÕES UNIDAS E FUNDAÇÕES INTERNACIONAIS

http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08021313.html

BISPOS BRASILEIROS LANÇAM GRANDE CAMPANHA NACIONAL CONTRA ABORTO, EUTANÁSIA E PESQUISA COM CÉLULA TRONCO EMBRIONÁRIA

http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08020810.html

BISPO BRASILEIRO: EXCOMUNHÃO CONTRA QUEM USA OU DISTRIBUI PÍLULA DO DIA SEGUINTE

http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/jan/08012805.html

CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR DO BRASIL INSTALADAS EM PRÉDIO DE PROPRIEDADE DE ORDEM RELIGIOSA CATÓLICA

http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/apr/07042404.html

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ARTIGO ORIGINAL EM INGLES

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THE PRO-LIFE PENTECOST IN BRAZIL, AND WHAT IT MEANS FOR THE REST OF THE WORLD

http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/mar/08032010.html

We have perhaps never seen such a concerted, sustained campaign against the "culture of death" in any nation, on the part of Catholic clergy

Commentary by Matthew Cullinan Hoffman

BRAZIL, March 20, 2008 (LifeSiteNews.com) - During the past month, the nation of Brazil has experienced a seemingly miraculous transformation.

The Catholic hierarchy in Brazil has long been famous for its laxity regarding human life issues, and its disproportionate emphasis on economic issues that seems to equate Catholicism with socialist politics.

The bishops have even maintained a loose but very real relationship with "Catholics for the Right to Decide", which is the South American version of "Catholics for a Free Choice", a phony "Catholic" pro-abortion group designed to confuse the faithful about the Church's teachings on the sanctity of human life.

Until recently, the Catholic leadership seemed to be "hiding in the upper room" with regard to abortion and other human life issues, shamefully avoiding the topic and even colluding with the "culture of death".

However, in the last month they have suddenly appeared to the masses, boldly proclaiming the Church's Gospel of Life. Their former timidity has been replaced by an aggressive, almost provocative stance towards the ideologies that underlie the death cult of abortion. Although it may be too early to tell, it appears that a "pro-life Pentecost" is occurring among the bishops of Brazil, and the strategies they are employing are a lesson to the whole Catholic world.

The bishops' conversion seems to have begun after the inauspicious start of this year's "Fraternity Campaign", a project undertaken by the Catholic Church in Brazil each year to promote a different teaching or theme.

Although this year's theme is "Fraternity and the Defense of Life", the campaign ran into trouble when a group of priests issued a documentary associated with it that gave sympathetic coverage to "Catholics for the Right to Decide."

Catholics protested, and the eminent philosophy professor Olavo de Carvalho wrote an opinion article for Brazilian newspapers pointing out the Catholic hierarchy's long association with pro-abortion causes. The CD of the documentary was removed from circulation and the offending video clip was removed from the reissued version, but no explanation or apology was given. It seemed that nothing had really changed.

But with the official launch of the Campaign in early February, it was obvious that something had happened to the bishops in the interim. They did not, as might be expected, give a feeble announcement of the Campaign's theme. Rather, they held a national press conference that clearly denounced abortion, euthanasia, and embryonic stem cell research, in what only can be called "fighting language."

The General Secretary of the National Conference of Brazilian Bishops, Dimas Lara Barbosa, led the opening ceremonies, and proceeded to state that the purpose was not merely to stop new anti-life legislation, but to eliminate all exceptions in Brazil's penal code regarding abortion.

He said the bishops in the following months would "confront" politicians and pro-abortion organizations for "manipulating information" to promote their cause, and would work to educate the public about the dangers of legislation to legalize abortion, euthanasia, and embryonic stem cell research.

Following the announcement, the bishops held a pro-life conference in Aparecida, home of Brazil's most important shrine, and issued a thundering declaration in defense of human life, denouncing pro-abortion groups as tools of a new kind of imperialism that seeks to impose a racist population-control agenda on the "third world".

"We denounce the implantation of a culture of death that destroys the sense of life, of ethical values, and natural rights from which all human laws are derived," the conference declared.

"We denounce the attempt to decriminalize and legalize abortion in Latin America. We denounce the fraud in the scientific field, the manipulation of language and the government authorizations that permit the production and distribution in our countries of pharmaceuticals, poisons to kill human beings, from the first hours of life, as occurs with the morning after pill and the inter-uterine device, IUD."

"We denounce the government programs to liberalize abortion in an indirect way, such as the technical standards of the Ministry of Health that authorize abortion based on the mere declaration of the interested party."

In addition to speaking clearly and boldly about the horror of abortion and other offenses against human life, the bishops are doing what pro-lifers have long hoped that bishops will someday do worldwide: they are using their authority to issue informational materials on abortion to every parish in the country for distribution to the laity.

The Archbishop of Rio de Janeiro has gone further. He has ordered more than enough fetal models for every parish, and priests are displaying them in the centers of their churches, explaining to the faithful that human life begins at fertilization, and that abortion terminates that life.

At least one parish in the city is actually showing videos of abortions in closed door meetings, with chilling commentary about the details of the procedure. Brazilian lay Catholics, many of whom have little acquaintance with abortion, are horrified by what they see, and are inspired to act against abortion. There is little doubt that the pro-abortion politicians in Brazil's executive, legislative, and judicial branches are also horrified, for very different reasons.

What effect would such an approach have if all of the Catholic bishops of the world were to imitate the Brazilian bishops, and declare war on abortion, euthanasia, and other offenses against human life? Sadly, the answer must remain a speculative one, because we have perhaps never seen such a concerted, sustained campaign against the "culture of death" in any nation, on the part of Catholic clergy.

However, there can be little doubt that even in a country like the United States, whose population is only 25% Catholic, such a campaign would have a large impact. If this "sleeping giant" were to awaken, galvanized by clear preaching and educational campaigns that clearly reveal the crime of abortion, how could any political party stand against it?

It is clear to this author that before such a transformation can occur, it must first occur in the hearts and minds of the clergy. They must first experience their own Pro-Life Pentecost. And for that, we must continue to pray.

Related LifeSiteNews Coverage:

Catholic Diocese Shows Horrors of Abortions to Faithful, Displays Fetal Models in Parishes
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/mar/08031208.html

Declaration of Aparecida in Defense of Life, February 10, 2008
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08021312.html

The War Continues: Brazil Catholic Bishops Take Pro-Life Battle to the United Nations, and International Foundations
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08021313.html

Brazilian Bishops Launch Major National Campaign Against Abortion, Euthanasia, and Embryonic Stem Cell Research
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/feb/08020810.html

Brazil Bishop: Excommunication for those who Use or Distribute Morning After Pill
http://www.lifesitenews.com/ldn/2008/jan/08012805.html

Brazil's Catholics for a Free Choice Housed in Building owned by Catholic Religious Order
http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/apr/07042404.html

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DOCUMENTAÇÃO ORIGINAL

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1. MENSAGEM DE ABERTURA DO BISPO DE TAUBATÉ POR OCASIÃO DO 1º CONGRESSO INTERNACIONAL EM DEFESA DA VIDA

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Taubaté, 6 de fevereiro de 2008

Caríssimos irmãos e irmãs em em Cristo,

Estamos reunidos no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, para celebrar a abertura da Campanha da Fraternidade, que neste ano tem o tema: "Fraternidade e Defesa da Vida"e o lema "Escolhe, pois, a Vida", que sedia, de 6 a 10 de fevereiro, o Primeiro Congresso Internacional em Defesa da Vida, reunindo importantes especialistas em Bioética e lideranças Pró Vida, nacionais e internacionais. Estamos aqui para defender a vida humana, ameaçada no mundo de hoje como não nunca se viu em toda a história da humanidade. Atualmente, há países onde o aborto está legalizado durante todos os nove meses de gestação e outros que se preparam para despenalizá-lo totalmente, o que equivaleria ao mesmo. A Organização das Nações Unidas (ONU), vendo já suficientemente enraizada a cultura do aborto, pretende reconhecê-lo não mais como um mal menor a ser tolerado mas como um direito humano fundamental, enquanto no primeiro mundo procura-se introduzir a prática pela qual os homens mais idosos peçam, (e sejam culturalmente forçadas a pedir, quando suas vidas não evidenciem mais sinais de utilidade social e mesmo que ainda gozem de boa saúde), a própria morte disfarçada de um bem, um novo direito a ser concedido pelo Estado.

Queremos neste Congresso ajudar a Igreja e a sociedade a perceberem que estes ataques à vida humana não são senão a face mais visível mais visível de uma patologia muito mais extensa que assola a sociedade de hoje, da qual conhecemos muito mal a extensão de suas causas. Trata-se do mesmo mal de que nos havia prevenido o Papa João XXIII, cinquenta anos atrás, quando no dia 25 de janeiro de 1959, anunciou pela primeira vez a convocação do Concílio Vaticano II e o diagnóstico não estava tão avançado.

"Quando o bispo de Roma estende o seu olhar sobre o mundo inteiro", afirmou então João XXIII, "contempla o triste espetáculo da liberdade humana que, sob a tentação das vantagens do progresso da técnica moderna, distrai-se da procura dos bens superiores e debilita as energias do espírito, que constituem a força de resistência aos erros que, no curso da história sempre levaram à decadência espiritual e moral e à ruína das nações".

Muitos dos progressos da técnica moderna produziram estes resultados porque foram oferecidos por uma cultura propositalmente e planejadamente construída para destruir a própria idéia de Deus. Esta cultura não somente se contenta em lutar desde fora contra a Igreja, mas também invade as suas posições-chave, penetra até no próprio espírito dos seus membros, inclusive de religiosos e sacerdotes, e os contamina silenciosamente com o seu veneno. Por meio de seus membros mais conscientes, esta nova sociedade trabalha duma maneira muito eficaz: utiliza os meios da ciência e da técnica, as possibilidades sociais e econômicas; prossegue imperturbavelmente na execução de uma estratégia cuidadosamente elaborada; exerce um domínio quase absoluto nas organizações internacionais, nas sociedades financeiras, nos meios de comunicação social, construindo um mundo que, alcançados seus objetivos, não poderá mais dizer-se iluminado por aquela luz, nem possuído daquela vida que o Verbo de Deus, fazendo-se homem, veio trazer aos homem.

Os ataques que hoje observamos à vida humana, prezados irmãos, são apenas uma das linhas de frente deste que representa o mais grave problema que enfrenta atualmente a Igreja e do qual temos que compreender suas causas em toda a sua profundidade se quisermos que a luz do Evangelho possa continuar fermentando a humanidade que nos foi confiada por Cristo.

Se este Congresso houver contribuído para difundir uma maior luz a este respeito, entenderemos haver alcançado nosso objetivo.

Deus, nosso Senhor, seu Filho único Jesus Cristo ressuscitado e a sua bem aventurada mãe, a Virgem Maria, possam abençoar a todos pelo bem que estarão ajudando a promover, ao se posicionarem e se comprometerem em favor da família e da vida humana.

A exemplo de João Paulo II, exclamamos: "Maria, a vós confiamos a causa da Vida".

Cordialmente, em Cristo e Maria!

Dom Carmo João Rhoden SCJ

Bispo da Diocese de Taubaté

Presidente da Comissão Diocesana em Defesa da Vida

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2. DECLARAÇÃO DE APARECIDA EM DEFESA DA VIDA

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DECLARAÇÃO DE APARECIDA EM DEFESA DA VIDA

http://www.cnbb.org.br/index.php?op=noticia&subop=17312

"Maria, a Vós confiamos a Causa da Vida" (João Paulo II, Evangelium Vitae, 105)

Nós, reunidos no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Aparecida – Brasil), de 06 a 10 de fevereiro de 2008, representantes brasileiros, do continente europeu e das Américas, no I Congresso Internacional em Defesa da Vida, promovido pela Comissão Diocesana em Defesa da Vida, da Diocese de Taubaté, com o apoio do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Arquidioceses de Aparecida e de Brasília, Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida, Associação Nacional Mulheres pela Vida, Frente Parlamentar contra a Legalização do Aborto, Human Life International, Alianza Latinoamericana para la Família, Associazione per la Difesa dei Valori Cristiani - Voglio Vivere, Family Center, Agência ZENIT e outras entidades representativas da sociedade civil, bem como membros do Congresso Nacional brasileiro, de Assembléias Legislativas e de Câmara Municipais, e de pastorais diversas, procuramos fazer deste encontro uma resposta imediata ao que propõe a Campanha da Fraternidade de 2008, no Brasil, com o Tema: "Fraternidade e Defesa da Vida", e o Lema: "Escolhe, pois, a Vida".

Realizamos um intenso e aprofundado intercâmbio cultural e de experiências no que tange ao respeito à vida e à dignidade da pessoa humana. Estiveram presentes especialistas das mais diversas ciências e renomadas personalidades da área da Bioética, com expressivas lideranças nacionais e internacionais, unidos no esforço de ampliar a conscientização das inúmeras ameaças e ataques sem precedentes contra a família e a dignidade da pessoa humana, que contrariam a lei natural e a garantia do primeiro de todos os direitos humanos, que é o direito à vida.

Sentimo-nos também como um dos primeiros frutos da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, celebrada neste mesmo local, em maio passado, em que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, destacou a necessidade dos povos garantirem "o direito à uma vida plena, própria dos filhos de Deus, com condições mais humanas", para desenvolver "em plenitude a existência humana, em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural" (cf. Discurso Inaugural da Conferência). É necessário, por conseguinte, defender a vida em todas as suas fases, desde a concepção até a morte natural, reconhecer e promover a estrutura natural da família, como união entre um homem e uma mulher através do matrimônio, e tutelar o direito dos pais a educar os próprios filhos, tudo isto como conseqüência de princípios inscritos na natureza humana e comuns a toda a humanidade.

Pois, de fato, a legislação não pode basear-se somente no consenso político, mas também sobre a moral que se fundamenta em uma ordem natural objetiva. A economia deve destinar-se ao ser humano como portador de intrínseca dignidade. Não pode haver economia sem população e não pode haver população sem filhos. A sexualidade, ademais, compartilha dos direitos e da dignidade do ser humano e destina-se à construção de uma família como ao seu fim natural.

Depois de havermos estudado e refletido sobre tais princípios, sobre suas conseqüências e sobre fatos fartamente documentados da história recente, DESTACAMOS que:

- O aborto, químico ou cirúrgico, tem sido utilizado pelos países desenvolvidos como a principal ferramenta para sustentar uma política global de controle populacional. Desde 1952, com o surgimento do Conselho Populacional, aos quais se somaram, mais tarde, a Fundação Rockefeller, Ford, Gates e outras, está sendo implantado internacionalmente um programa populacional destinado ao controle demográfico do planeta. O projeto inclui a disseminação de uma mentalidade anti-natalista, compreendendo a implantação de anticonceptivos, o aborto legal e outros ataques contra a vida, dentro de uma perspectiva geopolítica e eugênica que decidiu priorizar o combate à pobreza impedindo os pobres de ter descendência em vez de investir no desenvolvimento econômico. Dentro desta nova perspectiva, a anticoncepção, o aborto e também a eutanásia tornaram-se parte de uma política demográfica, integrada a uma política mais ampla de globalização, que busca a implantação do monopólio econômico.

- Desde os anos 80, por consenso estratégico, elaborado pelas grandes Fundações que promovem o aborto, as políticas de controle populacional têm sido apresentadas propositadamente camufladas sob a aparência de uma falsa emancipação da mulher e da defesa de pretensos direitos sexuais e reprodutivos, difundidos através da criação e do financiamento de uma rede internacional de organizações não-governamentais (ONGs) que promovem o feminismo, a educação sexual liberal e o homossexualismo.

- A Organização das Nações Unidas (ONU), desde a década de 1980, comprometeu-se com as políticas de controle populacional, que constituem, atualmente, um dos grandes pólos de suas ações. Através de seus comitês de monitoramento a ONU tem propositalmente fomentado o desenvolvimento de uma jurisprudência no campo do direito internacional pela qual tenciona-se preparar o reconhecimento do aborto como direito humano. Através de vários de seus órgãos e de suas agências, a ONU tem sido ainda um dos principais organismos internacionais promotores da legalização do aborto nos países da América Latina.

- Os organismos internacionais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre outros, outorgam créditos para o desenvolvimento de nossas nações condicionando-os a metas políticas de controle populacional.

- Vários países da União Européia estão implicados na difusão internacional do aborto e do controle populacional, destinando para isso importantes somas de dinheiro e usando sua influência política.

- A IPPF (Federação Internacional de Paternidade Planificada), que constitui a segunda OnG mais poderosa do mundo, depois da Cruz Vermelha Internacional, com suas filiais locais (no Brasil, a Bemfam), e seus organismos satélites, como o GPI (Grupo Parlamentar Interamericano de População e Desenvolvimento) e o IPAS, principal provedor de máquinas de sucção para abortos precoces e de cursos de capacitação em práticas de abortos para médicos, têm como objetivo respectivamente a implantação, nos países em desenvolvimento, da contracepção, esterilização, aborto e treinamento de profissionais da área da Saúde para a incorporação dessas práticas.

- Parlamentares, profissionais da área da Saúde, universitários, meios de comunicação social, a classe jurídica, têm sido pressionados e influenciados pelos promotores desta cultura de morte.

- Os governos, seja por omissão ou por cumplicidade, em sua maior parte têm cedido a estas pressões implantando programas ou políticas populacionais, ou mesmo, como no caso do Brasil, propondo a total e completa descriminalização do aborto, com o que a prática se tornaria legal durante todos os nove meses da gestação.

POR TUDO ISSO:

- Denunciamos a implantação de uma cultura de morte que nos leva à perda do sentido da vida, dos valores éticos e direitos naturais, dos quais deriva todo o direito positivo.

- Denunciamos a tentativa de descriminalizar e legalizar o aborto na América Latina.

- Denunciamos a fraude no campo científico, a manipulação da linguagem e as autorizações estatais que permitem em nossos países a fabricação e a distribuição de fármacos aptos para matar seres humanos, desde suas primeiras horas de vida, como ocorre com a "pílula do dia seguinte".

- Denunciamos os programas estatais para liberar o aborto por via indireta, como as Normas Técnicas do Ministério da Saúde, que "autorizam" o aborto por mera declaração da interessada. - Denunciamos a implantação de uma educação sexual escolar hedonista, propositalmente dissociada da idéia do matrimônio e da construção da família como seu fim natural e, em vez disso, centralizada na genitalidade, na ideologia de gênero e que promove o homossexualismo entre crianças e jovens.

- Denunciamos as tentativas de implantar a eutanásia no País, por meio de resoluções de conselhos profissionais.

E finalmente PROPOMOS:

- Difundir o conhecimento da Doutrina Social da Igreja é fundamental para a consolidação destas propostas que visam a valorização da vida, pelo entendimento e fidelidade na sua vivência dentro da perspectiva do Evangelho da Vida.

- Promover uma opção decisiva pela vida humana e por sua plena dignidade, implementando-a por meio das diversas pastorais, movimentos e outras iniciativas.

- Manter observadores permanentes dentro do Congresso Nacional brasileiro e outras Casas de Lei, de modo a um acompanhamento eficaz das propostas relativas aos autênticos direitos humanos, à vida e à família.

- Patrocinar ações legais para que cessem as violações aos direitos humanos aqui denunciadas, sem exceção alguma.

- Exigir o cumprimento da ação efetiva da defesa da vida, por todas as instituições, organismos e níveis de poder competentes, o respeito integral à vida e dignidade humana, assinalando como primeiro, o requerimento à Organização das Nações Unidas pela decretação da moratória sobre a pena de morte no mundo, especificamente dos não nascidos, dos idosos e inválidos.

Que esta Declaração seja um solene compromisso com a cultura da vida, para que todos tenham vida e a tenham em abundância.

Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, 09 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Nesta semana, precisamente hoje, 02/04/2008, a FOLHA DE LONDRINA publicou em sua página 03, no primeiro caderno uma entrevista muito interessante com um embriologista a respeito da tão falada reprodução assistida. A reportagem é esclarecedora sob muitos aspectos, prinicipalmente no que diz respeito à completa falta de legislação que deixa um vácuo, apenas orientado pela ética (?) médica e pelo controle (?) do conselho federal de medicina.

Abaixo reproduzo a reportagem, que poderá ser encontrada a integra no endereço:


Vou comentar trechos da reportagem (destacados em AZUL)- intrometendo-me no meio das perguntas e respostas:


EMBRIÕES - Quando o casal não deve ter filho

O Brasil ainda é conservador nas regras para reprodução assistida, embora não haja lei que regulamente o procedimento.

Um caso registrado na Grã-Bretanha levantou a polêmica sobre os processos de fertilização. Um casal de surdos, que já tem uma filha com deficiência auditiva, quer ter outra criança com a mesma deficiência. A lei daquele país não permite que casais escolham os embriões que possam desenvolver algum problema, anormalidade ou condição médica, deixando de lado os embriões considerados normais
.


Vejam bem: aqui nota-se que há um desejo inesperado (segundo a lógica que se quer impor): os pais querem um filho surdo, seguindo o "padrão" da família. Mas a lei não permite que se escolha de - pasmem - um embrião COM algum defeito. Isso nos leva a crer que JÁ ESTÁ EM USO E APLICAÇÃO ATIVA a seleção ARTIFICIAL dos super-humanos; só sobreviverão aqueles que forem perfeitos, como os tais Arianos desejados pelos nazistas, que seriam escolhidos para viver e povoar o mundo. Aos fracos, defeituosos, dois destinos possíveis: tubo de ensaio para servir de cobaia de laboratório ou a lata do lixo. Deus que nos perdoe...

Mas as regras variam de país para país. No Brasil, só é permitida a escolha de embriões em casos especiais. Em entrevista à FOLHA, o embriologista Osmar Alécio Henriques, que tem clínica em Londrina, conta quais são esses casos e as regras para quem tenta um bebê de proveta.

O senhor já soube de algum caso parecido com este da Grã-Bretanha aqui no Brasil?

Tivemos um casal que queria que separássemos embriões com Síndrome de Down. Eles tinham perdido uma filha de 10 anos em um acidente de carro que era portadora da síndrome. Nós contornamos a situação dizendo que as pessoas não podem ser repostas. E além do mais, não podemos fazer essa separação.


Não é claro o que pode ou o que não pode no Brasil, já que não há lei regulamentar. Ele explica que não pode fazer a separação dos embriões - aqueles prováveis "perfeitos" daqueles com Síndrome de Down (sub-entendemos que são os imperfeitos) - Se as comunidades dos portadores de Síndromes (APSDOWN e outros) atentassem para a TAMANHA DISCRIMINAÇÃO que estão impondo aqui sobre os portadores de Síndromes... que tanto querem ELIMINAR DA FACE DA TERRA, como seres de uma subespécie humana, indesejada e que deve ser eliminada! Há ainda que se perceber - e aqui claramente exposto nas entrelinhas da resposta do médico - QUE O OBJETIVO DA MANIPULAÇÃO GENÉTICA/EMBRIONÁRIA É ELIMINAR QUALQUER ANORMALIDADE HUMANA, ou seja, ELIMINAR A DIVERSIDADE HUMANA. Mais uma vez fica claro que SOMENTE OS PERFEITOS TRIUNFARÃO... Embora no Brasil não haja lei específica que dite as regras, a ética que os médicos adotaram - segundo sabe lá quais preceitos - é a de desencorajar qualquer escolha do "anormal".
Está claro... e se não fosse por isso, porque estariam querendo essa seleção embrionária?
Percebe-se também nas entrelinhas que se o casal quisessem um embrião perfeito, sem risco de qualquer Síndrome, os médicos estariam "à postos" para a separação do tal embrião "viável" e sua implantação no útero da mãe! Mas a escolha de um "defeituoso" exigiu uma resposta psicologicamente aceita e viável... ainda que VERDADEIRA: NINGUÉM É PASSÍVEL DE SER SUBSTITUÍDO, PORQUE CADA UM É CADA UM... DENTRO DA DIVERSIDADE DOS SERES HUMANOS. POR ISSO É QUE ELA (A DIVERSIDADE) EXISTE E DEVE CONTINUAR EXISTINDO.
Mais uma vez tenho que dizer: Deus que nos perdoe...

Existe algum risco na biópsia de embriões?

Esse processo é chamado PGD. É uma técnica onde se tira uma célula desse embrião. Hoje sabemos que ela aumenta o índice de aborto para a paciente..


É, seu doutor... a medicina ainda está TÃO IMPERFEITA que não consegue manipular esses embriões sem provocar danos aos infelizes... e ficam ainda causando danos nas mulheres (ou nos casais) que, já fragilizadas por sua dificuldade reprodutiva, submetem-se à esses tratamentos, correndo tantos riscos quando desejariam se tivessem todo o conhecimento...
Apelo novamente aos céus: Deus que nos perdoe... porque não sabemos o que fazemos!


As leis brasileiras permitem algum tipo de seleção?

Não existe uma lei específica. Existem normas para os serviços de reprodução, existe a ética médica e o Conselho Federal de Medicina fiscalizando isso e tentando nos orientar. Há projetos de lei, mas não lei aprovada.


Então, no vácuo legislativo, toma-se as diretrizes científicas dos conselhos e criam-se normas éticas (baseada em que valores???) que possam reger esses processos, até que o Congresso Nacional se digne (entre uma medida provisória e outra, ou entre uma CPI e outra, ou ainda entre um mensalão e outro) estudar seriamente e elaborar as leis que tanto necessitamos...
Rogo à Deus Pai que, ainda assim, nos perdoe...


Como o Brasil está em relação a outros países?

Cada país tem as suas leis. Na Itália, eles são muito mais rigorosos na questão de inseminação artificial. Tanto que casais saem da Itália e vão para países vizinhos fazer esse tipo de tratamento. Existem países onde há liberalidade total. Nos Estados Unidos, você pode comprar óvulos ou sêmem pela internet. Há países onde a mulher solteira não pode fazer tratamento de reprodução assistida. Em outros, a paciente procura uma clínica e não precisa nem mostrar documentos. Tem países que fazem esses tratamentos em casais homossexuais e países onde você pode bipartir o embrião e ter gêmeos.


Compras pela internet que sempre inovam... em breve, no site mais próximo, escolha do seu FILHO PERFEITO - sexo, cor dos olhos, cabelos, altura e sem doenças, claro!
Rogo à Deus Pai que, ainda assim, nos perdoe...


O que é permitido no Brasil?

Aqui a norma fala que toda mulher com dificuldade para ter filhos pode procurar um serviço de reprodução. Não tem especificação de idade. Os embriões até o quinto dia podem ficar na estufa. Quanto mais se observa esses embriões na estufa, mais fácil para selecionarmos os que tem mais chances de gravidez. O descarte de embriões é proibido, o embrião tem de ser congelado ou doado para outro casal.


Gente... EMBRIÃO É GENTE... não pode jogar no lixo e nem dar outro destino... o infeliz tem que ficar esperando um útero que o acolha para que ele cresça e se desenvolva...

Quantos embriões podem ser transferidos?

No Brasil, no máximo quatro. Em alguns países é permitido transferir o número de embriões que você desejar e após o início da gravidez se faz a redução embrionária, que no nosso país é chamado aborto. Nem todo embrião transferido vai se implantar. A paciente vai aguardar 15 dias, fazer o teste de gravidez e depois o ultra-som para saber quantos embriões se implantaram.


Senti um certo desprezo, ou melhor dizendo, um cinismo na expressão "...no nosso país é chamado aborto." E tem outro nome para isso?

É permitido que casais sem problemas de infertilidade façam o tratamento?

No nosso país, pelo custo, e como o serviço público e planos de saúde não cobrem, não existiu até hoje casais que queiram fazer, a não ser casos excepcionais, como para verificar uma doença que podemos diagnosticar. Para escolher embriões é necessário entrar em contato com o poder judiciário e aguardar liberação, como no caso de doenças ligadas ao sexo, por exemplo. Ou mulheres que tem alguma doença e não podem engravidar. Neste caso fazemos a ''barriga de aluguel''. Ela vem com uma irmã, por exemplo, fazemos todo o processo e transferimos o embrião para o útero dessa irmã..




Eis o "X" da questão... o tal objetivo aonde querem chegar, custe o que custar: a possibilidade de QUALQUER casal - tenha ou não dificuldades reprodutivas, ou sejam gays, casais do mesmo sexo, etc - poder escolher seu FILHO PERFEITO - de preferência pela internet fazendo o download numa clínica mais próxima da sua casa - , como se fosse uma mercadoria qualquer... mas que estará a caminho da GERAÇÃO PERFEITA, livre de doenças, anormalidades cromossômicas, Síndromes, etc... a Geração Perfeita como deuses... será que preciso dizer mais alguma coisa???
Meus caros... resta-nos alertar mais e mais pessoas, rogar à Deus Pai que nos auxilie nessa difusão da verdade oculta, da banalização da vida...até lá, que Deus perdoe nosso pecados...


A reportagem já começa com um título no mínimo duvidoso: Quando o casal não deve ter um filho.

Eu pergunto: quando o casal não deve ter um filho?

Quando esse filho não for perfeito?

Quando esse casal não puder escolher um filho imperfeito?

Quando "alguém" TIVER O PODER DE DIZER QUEM PODERÁ E QUEM NÃO PODERÁ TER UM FILHO?
Ficam aqui, essas questões para meditarmos no travesseiro...